China executa milionário acusado de homicídios


Para os mais céticos, a condenação de Liu Han pode estar ligada à purga política dos rivais do presidente Xi Jinping.

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Liu Han foi executado, ontem, na província chinesa de Hubei (centro). O multimilionário, de 49 anos, que gostava de charutos, vinhos caros, casinos e carros de alta cilindrada foi condenado à morte, em maio último, por “homicídio e por crimes ao estilo da máfia”.

Fui tramado, gritou Liu Han quando ouviu o tribunal pronunciar a sua sentença de morte. Condenado juntamente com o irmão Liu Wei e três alegados cúmplices, todos eles foram ontem executados , o empresário do sector mineiro negou as acusações de que fora alvo.

A execução do multimilionário, que chegou a ser o 230.º homem mais rico da China, é encarada como um dos mais dramáticos episódios da campanha anti-corrupção do presidente chinês, Xi Jinping, desde que subiu ao poder há dois anos.

A agência Nova China, ao noticiar ontem a morte deste “padrinho em part- time”, revelou que ele tiranizava pessoas locais e lesou seriamente a economia e a ordem social local.

Os mais cépticos associam, porém, a execução de Liu à purga política dos rivais do presidente. É que Liu Han tinha ligações a Zhou Yongkang, o czar da segurança, entretanto, caído em desgraça e expulso recentemente do Partido Comunista enquanto aguarda a sua sentença por corrupção.

Para o cientista político Andrew Wedeman, que estuda a corrupção na China, o presidente está a enfrentar um duro ato de malabarismo ao convencer os chineses de que está a eliminar “tigres” poderosos e corruptos, tal como Liu e Zhou, sem expor o partido que está absolutamente podre.


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