Cento e noventa e sete casos de Dengue foram confirmados, dos 275 registados no país de 12 de Março a 09 de Abril deste ano, soube-se ontem, segunda-feira, em Luanda.
Em entrevista à Angop, o ministro da Saúde, José Van-Duném, disse que, desde o surgimento da doença no país, ainda não foi notificada a morte de alguém por essa doença.
Dos casos, 273 foram registados em Luanda e dois na província de Malanje, tendo sido internados 33 doentes.
Para o ministro, a situação não está a tomar proporções alarmantes, mas o problema é que se trata de uma doença da qual os angolanos não estavam habituados e que, por esta razão, há uma certa preocupação.
Acrescentou que, de acordo com as estatísticas mundiais, a mortalidade por Dengue é a volta dos cinco porcento e acontece fundamentalmente em zonas que há circulação de casos de Dengue hemorrágico, provocado por um determinado serotipo que não está sendo notificado no país.
“Não há óbitos, e isto dá-nos a noção de que é uma doença que tem muito a ver com a responsabilidade individual, porque o mosquito tem características, por um lado muito vulnerável, porque vive dentro e ao redor das casas”, sublinhou.
A pulverização intra-domiciliar, frisou, tem um papel fundamental, pois a luta contra o vector é de extrema importância, porque quem transmite a doença é o mosquito fêmea que depois de estar infectado toda a sua geração nasce infectada, de modos que há uma rápida propagação dos mesmos.
Pelo facto de o mosquito da Dengue gostar de água limpa conservada em reservatórios em casa, em garrafas e pneus depois da chuva, o ministro apela ao cuidado individual.
“Em caso de sintomas como febre, mal-estar, dores articulares, musculares, abdominais e nos olhos, a pessoa deve procurar uma unidade sanitária o mais rápido possivel”, aconselhou o titular da pasta da saúde.
Fonte: Angop