Perante milhares de fãs, familiares, amigos e colegas de profissão foi a enterrar nesta quinta-feira, no cemitério Alto das Cruzes, Luanda, o corpo do músico angolano Beto de Almeida, publicou à Angop.
Assistida pelo secretário de Estado da Cultura, Cornélio Calei, e outros altos dirigentes do sector, a cerimónia fúnebre pôs fim a um cenário de dor e consternação que se iniciou domingo último, dia do anúncio oficial da sua morte, na Namíbia.
No Alto das Cruzes, foram prestadas distintas homenagens ao artista que começou a conquistar o país no final da década de 80, com mensagens de exaltação à sua obra e encorajamento à família.
Em quase uma hora de cerimónia, “Tchuma”, como era carinhosamente chamado nas lides artísticas, recebeu mensagens de solidariedade do Ministério da Cultura, da União dos Artistas e Compositores Angolanos (UNAC), agentes e promotores culturais, bem como empresários que ajudaram a alavancar a sua carreira.
A interpretação da canção “Descanse em paz Tchuma, feita por um grupo de 23 colegas de profissão, marcou um dos momentos altos da cerimónia, num misto de choros, lágrimas e lamentações pela partida do autor de “Yara”.
Biografia do artista
Beto de Almeida iniciou a carreira na década de 80 e despontou no mercado no pricípio dos anos 90, período em que juntou-se ao irmão mais velho Moniz de Almeida.
Ao lado deste produziu canções de grande sucesso, entre as quais “Yara”, “Vizinho Cara de Pau”, “Amor Melaço”, “Bandido”, “É Duro”, “Ngapa”, “Guilhermina” e “Levarei Minha Viola”.
Beto de Almeida despontou num contexto em que emergia o ritmo kizomba, juntamente com outras vozes, como Isidora Campos, Maya Cool, Gabriel Tchiema, Dog Murras e o produtor Beto Max.
Roberto Tiago da Silva de Almeida nasceu em Novembro de 1976, na província do Kuando Kubango, tendo feito grande parte da carreira ao lado do irmão Moniz de Almeida.
Deixou viuva e filhos.
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