Casal leva procurador a tribunal após ter o nome escolhido para o filho recusado


Um casal francês de Saint-Malo, Kristina Desgres e Rodrigo Velasquez, estão a levar o procurador local a tribunal depois do ‘único’ nome que tinham escolhido para o filho ter sido recusado no registo.

Foto: Getty Images

De acordo o The Sun, os ‘recém-pais’ escolheram o nome Hades que significa “deus dos mortos” na mitologia grega, porque lhes “soava bem”.

“Escolhemos este nome simplesmente porque achamos bonito. Hades Velasquez Desgres soa bem” referiu Kristina, acrescentando que a escolha em nada tinha a ver com o facto de ser igual ao do deus grego.

O casal ficou surpreendido quando, após preencher tudo o que era necessário para o registo, o procurador público de Saint-Malo os informou que o nome foi recusado.

“Ninguém faz a ligação. Na maternidade, não chocou ninguém. Pelo contrário, as pessoas gostam”, argumentou a mãe.

Em França, e em muitos outros países ocidentais, as autoridades têm o poder de exigir que os pais mudem os nomes dos seus filhos se acharem que isso vai contra os interesses da criança. Neste caso, o procurador público considerou o nome impróprio e o significado negativo.

“Não entendemos essa decisão, não o chamamos de Lúcifer ou Satã, não somos estúpidos. Só queriamos um primeiro nome original, que soasse bem”, destacou Kristina, apontando que quando Rodrigo lhe sugeriu ‘Hades’, gostou “imediatamente”.

O casal já contratou um advogado para ajudá-los a lutar para conseguir o nome do bebé e descobriu que outros 12 pais chamaram o filho de Hades em 2020 sem qualquer oposição.

Kristina e Rodriguez chegaram a procurar os pais num esforço para provar que os filhos estão a crescer sem serem ridicularizados por causa do nome. “É um nome antigo, que não é ridículo e realmente não vemos por que é que o procurador de Saint-Malo decidiu recusar, enquanto outros procuradores públicos em França não fizeram nenhuma objecção a esse primeiro nome”, esclareceu o advogado do casal.

A decisão sobre o caso está prevista para 4 de Abril, mas os pais já manifestaram a intenção de recorrer caso o tribunal decida contra.

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