A Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (Bodiva) justificou a nomeação da filha do Presidente da República para o conselho de administração com o currículo, “empenho” e o “percurso” de Cristina Lourenço, demonstrados na instituição entre 2014 e 2016.
Numa nota distribuída à comunicação social, a BODIVA justifica, desta forma, a nomeação de Cristina Lourenço para o Conselho de Administração da instituição, ao mesmo tempo que realça o seu “percurso e empenho”, enquanto colaboradora (analista de mercados), entre 2014 e 2016.
A BODIVA explica, na sua nota de imprensa, que a nomeação surgiu da necessidade de se preencher uma vaga no Conselho de Administração, na sequência da resignação de um dos administradores.
A instituição esclarece ainda que, com a excepção do presidente, a Comissão Executiva em funções, desde Novembro de 2019, é composta, exclusivamente, por quadros da BODIVA, de “competência” acadêmica e profissional comprovadas.
Quanto aos procedimentos legais, explica que, como sociedade anónima de domínio público, regida por normas aplicáveis às sociedades anónimas, os membros dos órgãos sociais, no qual se inclui o Conselho de Administração, são eleitos por “deliberação unânime”, em sede da Mesa da Assembleia Geral.
Cristina Lourenço, filha do actual Presidente da República, João Lourenço, foi nomeada, em Março último, para exercer o cargo de administradora executiva.
Até então, era directora-adjunta da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos de Financiamento Externo do Ministério das Finanças, depois de já ter tido passagem pela BODIVA.
Licenciada em Gestão, pela London School Of Economics and Political Sciences, Londres, em 2012, fez o Mestrado em gestão de Investimentos, pela Pace University, Lublin School of Business, em Nova Iorque.
A sua nomeação chegou a gerar críticas da parte de alguns sectores da sociedade, que alegam haver o risco de esta medida “fragilizar” a imagem do Presidente da República, João Lourenço.