BNA corta para 31% a injeção de divisas aos bancos nacionais


A injeção de divisas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) na banca comercial desceu 31% na última semana, para 226,7 milhões de euros, nomeadamente para importar alimentos e matéria-prima para as indústrias, segundo dados hoje divulgados por aquela instituição.

A informação consta do relatório semanal do BNA sobre a evolução dos mercados monetário e cambial, no período entre 10 e 14 de outubro, contrastando com os 328,1 milhões de euros da semana anterior.

Segundo o documento, consultado pela Lusa, as divisas disponibilizadas – mantêm-se exclusivamente em euros desde março -, em vendas diretas equivalentes a 230,9 milhões de dólares, destinaram-se a cobrir a importação de bens alimentares (30,6 milhões de euros) e a garantir as necessidades do setor da Indústria (30,7 milhões de euros), além de distribuir 44,8 milhões de euros em leilão de preços para a cobertura de operações no exterior de diversos setores.

Há ainda registo de pagamentos para operações com cartões de crédito (17,9 milhões de euros) e para cartas de crédito (9,6 milhões de euros), bem como para cobrir operações de viagens, ajuda familiar, saúde e educação no estrangeiro (17,9 milhões de euros).

As divisas vendidas pelo BNA serviram ainda para a cobertura de operações de órgãos auxiliares do Estado (12,6 milhões de euros), do setor da comunicação social (3,8 milhões de euros) e para pagamento de bolseiros no exterior do país (7,9 milhões de euros), entre outros.

A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada ao final da última semana, permaneceu praticamente inalterada, nos 166,720 kwanzas por cada dólar e nos 186,274 kwanzas por cada euro.

Contudo, no mercado de rua, a única alternativa, embora ilegal, face à falta de divisas aos balcões dos bancos, cada dólar norte-americano custa à volta de 500 kwanzas.

AR/Lusa

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