BNA aumenta 5% o volume de divisas vendidas semanalmente aos bancos comerciais


O Banco Nacional de Angola (BNA) aumentou em cerca de 5% o volume de divisas vendidas semanalmente aos bancos comerciais, transações que há cinco semanas são feitas exclusivamente com moeda europeia.

De acordo com o relatório semanal do banco central sobre a evolução dos mercados monetário e cambial, no período entre 21 e 24 de março o BNA realizou vendas de divisas no valor de 136,9 milhões de euros, um aumento de quase sete milhões de euros face à semana anterior.

Deste total, 79,8 milhões de euros foram vendidos em leilão de preço e destinaram-se à “cobertura de necessidades gerais de importação de bens alimentares”, acrescidos de 57,1 milhões de euros para garantir “operações de natureza distinta”.

A taxa de câmbio média de referência de venda do mercado cambial primário, apurada ao final da última semana, ficou-se nos 160,697 kwanzas por cada dólar e de 179,547 kwanzas por cada euro, ambas inalteradas face às semanas anteriores.

Paralelamente, devido à escassez de divisas e limitações aos levantamentos de dólares impostos nos bancos, o mercado informal, de rua, transaciona a nota de um dólar norte-americano a mais de 350 kwanzas.

Antes do início da crise da cotação do petróleo, no verão de 2014, cada kwanza valia cerca de 100 dólares. A moeda angolana já perdeu desde então cerca de metade do valor, com o acentuar das dificuldades financeiras, económicas e cambias decorrentes da quebra na entrada de divisas através da exportação de petróleo.

A política cambial angolana passou a ser definida pelo novo governador do BNA, Valter Filipe Duarte da Silva, empossado no cargo a 07 de março pelo Presidente da República, funções ocupadas desde janeiro de 2015 pelo antigo ministro das Finanças, José Pedro de Morais Júnior, exonerado a seu pedido.

Persiste no país a forte redução da disponibilidade de moeda estrangeira no país, sendo o montante vendido aos bancos limitado às necessidades mais urgentes do sistema bancário e que obrigam a autorização do banco central.

A falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.

AR/Lusa

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