Bebé de 18 dias torna-se na primeira pessoa a receber um transplante parcial de coração


Foi em Abril de 2022 que o pequeno Owen Monroe se submeteu a um transplante parcial de coração. O menino nasceu com uma doença cardíaca muito complexa e muito rara que, se não fosse tratada urgentemente, o levaria à morte.

Reprodução Facebook/KLB 5 TV

Explica o El País que as grandes artérias do seu coração, a aorta e a artéria pulmonar, estavam fundidas e menino tinha apenas uma válvula (nos corações saudáveis, há duas, uma para cada vaso) para controlar a passagem do sangue.

Os médicos do Duke University Hospital, na Carolina do Norte, EUA, corriam contra o relógio para estudar todas as opções para salvar o bebé. Chegaram mesmo a inscrevê-lo na lista para um transplante de coração, embora suspeitassem que não chegaria a tempo, até porque Owen tinha acabado de nascer e já tinha uma insuficiência respiratória grave que punha em risco o seu futuro.

A solução tradicional perante estes casos é tentar substituir as válvulas por implantes artificiais, técnica que apresenta uma desvantagem porque as válvulas não crescem à medida que a criança cresce e portanto teriam de ser substituídas com alguma frequência.

Assim, no caso de Owen, os médicos tentaram uma técnica pioneira: um implante parcial de um coração.

A operação aconteceu na primavera de 2022, com recurso ao coração de um dador, e foi… um êxito.

Os pais do menino, Tayler e Nick Monroe, recordam que foram as 9 horas mais longas da sua vida, mas volvidos quase dois anos, não há qualquer arrependimento na decisão arriscada que tomaram.

O acompanhamento posterior provou que as artérias e válvulas transplantadas funcionavam de facto perfeitamente e, além disso, cresciam como se fossem do próprio Owen.

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