As equipas de busca ao aparelho das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) desaparecido desde sexta-feira encontraram hoje de manhã o “avião sinistrado”, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
Um avião da LAM, companhia aérea nacional de Moçambique, que viajava para Angola, foi achado na Namíbia, carbonizado e sem sobreviventes.
Havia 33 pessoas -27 passageiros e 6 tripulantes a bordo. Entre os passageiros de várias nacionalidades, havia um cidadão brasileiro, segundo a companhia.
“Minha equipe encontrou o aparelho. Não há sobreviventes. O avião está carbonizado por completo”, declarou à AFP o coordenador da polícia da região namíbia de Kavango (nordeste do país), Willie Bampton, depois de várias horas de busca em uma zona pouco povoada no parque nacional de Bwabwata.
O voo TM 470 decolou na sexta-feira de Maputo com destino a Luanda, com 27 passageiros a bordo: dez moçambicanos, nove angolanos, cinco portugueses, um francês, um brasileiro e um chinês, segundo um comunicado da LAM.
Fonte aeronáutica moçambicana disse à Lusa que o avião foi avistado cerca das 11h30 da Namíbia (09:30 em Lisboa) pelo ar e que as equipas iriam iniciar hoje as buscas por terra.
Contudo, a informação não foi confirmada pelo Governo. José Cesário afirmou que ainda não há “informação precisa sobre eventuais feridos ou sobreviventes”, pelo que se deve “aguardar por elementos mais seguros”.
Uma reunião de crise do gabinte foi convocada para o palácio presidencial.
Segundo um técnico do aeroporto, que pediu para não ser identificado, o avião teria caído por causa do mau tempo.
O acidente é o mais grave na história da aviação civil de Moçambique desde a misteriosa queda do avião do presidente Samora Machel em1986 na África do Sul, em que morreram 34 pessoas.
Em 2011, a União Europeia proibiu a LAM de voar em seu espaço aéreo.