Em coletiva convocada nesta segunda-feira (24) o premiê da Malásia, Najib Razak, confirmou a queda do avião da Malasya Airlines que fazia o voo MH370 no oceano Índico.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou nesta segunda-feira que o voo MH370, desaparecido desde dia 8 quando efectuava a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim, “se despenhou no Sul do Índico”.
“É com grande tristeza e lamento que, de acordo com as novas informações, somos obrigados a concluir que o voo MH370 acabou no oceano Índico”, disse o chefe do Governo malaio, numa altura em que há vários navios na região a tentar recuperar objectos detectados pelos aviões envolvidos nas buscas.
Numa mensagem de SMS enviada aos familiares dos 239 ocupantes do Boeing 777, a Malaysia Airlines diz que “sem margem para dúvidas” o avião “se despenhou e nenhuma das pessoas que estava a bordo sobreviveu”.
Duas famílias dos passageiros do voo MH 370 haviam dito que a companhia aérea Malaysia Airline as chamou para uma reunião meia hora antes do pronunciamento do premiê malaio. Paramédicos foram enviados para o hotel em Pequim onde estão várias famílias. A imprensa chinesa disse que algumas famílias estão se preparando para viajar à Austrália.
Pouco antes, autoridades australianas afirmaram que um navio partiu na noite de domingo (23) em direção ao local no Oceano Índico onde um avião de vigilância avistou dois objetos que podem ser destroços do avião desaparecido.
Um dos objetos é “verde ou cinza e circular” e o outro é “retangular e laranja”, disseram as autoridades marítimas da Austrália.
Uma aeronave militar da China que participa das buscas pelo avião malaio desaparecido há mais de duas semanas também localizou na segunda-feira objetos flutuantes “suspeitos” nos remotos mares ao largo da Austrália, elevando as esperanças de que o Boeing seja encontrado logo.
No fim de semana, tripulantes australianos já haviam avistado um pallet de madeira e cintos de segurança numa área do gélido sul do Índico, que foi identificada depois de satélites terem registrado imagens dos possíveis destroços.
O voo MH370 sumiu dos radares civis menos de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur para Pequim com 320 passageiros a bordo, em 8 de março. Nos últimos dias, as buscas vêm se deslocando para o sul do Índico, a milhares de quilômetros da rota original.
Explicações
Os investigadores suspeitam que o Boeing 777, que decolou de Kuala Lumpur com destino a Pequim pouco depois da meia-noite em 8 de março, foi deliberadamente desviado milhares de quilômetros de sua rota programada. Eles dizem que estão se concentrando em sequestro ou sabotagem, mas não descartaram a possibilidade de problemas técnicos.
A investigação aumentou as tensões entre a China e a Malásia, com Pequim pressionando repetidamente a nação do Sudeste Asiático a intensificar a sua missão e fazer um trabalho melhor em consideração aos parentes dos passageiros chineses, que são maioria no avião.
Hishammuddin rejeitou as denúncias de que o país não estava se esforçando e se recusando a compartilhar informações vitais com outros governos.
Para as famílias dos passageiros, o processo provou ser uma batalha emocionalmente desgastante para obter informações – a angústia deles tem sido alimentada por um fluxo constante de especulação e pistas falsas.
Alguns especialistas argumentam que a relutância em compartilhar dados sensíveis de radar e capacidades em uma região repleta de suspeitas em meio à ascensão militar da China e disputas territoriais pode ter prejudicado as buscas.
(Com Associated Press e Reuters)