Atentado junto ao estádio do Besiktas faz pelo menos 13 mortos


As primeiras informações oficiais do ministro da Administração Interna da Turquia, citado pela agência de notícias turca Anadolu, apontavam para 20 polícias feridos. Contudo, a Reuters revela agora que há pelo menos 13 mortos, não estando ainda confirmado se haverá agentes das autoridades entre as vítimas mortais.

estadio-do-besiktas

As explosões aconteceram neste sábado à noite, cerca das 22h30 locais, uma hora e meia depois do jogo de futebol entre o Besiktas e o Bursapor (2-1). No Twitter, o ministro dos Transportes considerou que se tratou de um ataque terrorista.

Pouco depois das explosões, o ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, disse que as primeiras indicações apontavam para a explosão de um carro armadilhado que tinha como alvo um autocarro da polícia de intervenção. Mais tarde, falou de uma segunda explosão provocada por um bombista suicida num parque de estacionamento junto ao estádio.

Também a televisão NTV indicou que se registaram duas explosões, que ocorreram já depois de os adeptos terem dispersado das imediações do estádio. Segundo uma testemunha ouvida pela Reuters, vários agentes policiais ficaram gravemente feridos.

As imagens da televisão mostraram a carroçaria de um carro a arder e dois focos de incêndio separados numa das ruas no exterior do recinto desportivo. A polícia vedou as ruas nas imediações do estádio do Besiktas, clube em que alinha o jogador português Ricardo Quaresma. No Twitter, o Bursapor já revelou que nenhum dos seus adeptos ficou ferido na sequência da explosão.

“Foi como o inferno. As chamas subiram até ao céu. Eu estava a beber chá no café junto à mesquita”, contou à Reuters Omer Yilmaz, que trabalha perto do estádio do Besiktas. “As pessoas esconderam-se debaixo das mesas, as mulheres começaram a chorar. Os adeptos de futebol que estavam a beber chá no café procuraram abrigo. Foi horrível”, acrescentou.

A Turquia tem sido alvo de vários atentados bombistas nos últimos anos, alguns reivindicados pelo Daesh, outros por grupos curdos ou por militantes de extrema-esquerda.

NM/Publico


Gostou? Partilhe com os teus amigos!