Assinala-se hoje, 31 de Julho dia da Mulher Africana


A data foi instituída a 31 de Julho de 1962, em Dar-Es-Salaam, Tanzânia, por 14 países e oito movimentos de libertação nacional, na Conferência das Mulheres Africanas.

O dia continua a ser lembrado, pois, no continente africano, o panorama da mulher continua trágico, apesar de pouco a pouco começarem a aceder a uma independência económica e a cargos de decisão e de poder.

As mulheres africanas, em muitos países, encontram-se, muitas vezes, em situações de dependência psicológica dos seus maridos ou companheiros, devido a estereótipos ancestrais que só serão passíveis de serem debelados com o passar de mais algumas gerações.

Nas camadas mais desfavorecidas, as mulheres são duplamente sacrificadas, porque, para além das suas profissões, têm que prover, quase sempre sós, ao cuidado da casa e dos filhos, quando não enfrentam, acrescida, muitas vezes em silêncio, a violência doméstica.

Durante séculos, o papel da mulher africana incidiu sobretudo na sua função de mãe, esposa e dona de casa. Ao homem estava destinado um trabalho remunerado no exterior do núcleo familiar.

Com a descolonização de África, na segunda metade do século XX, muitas mulheres passaram a exercer actividade laboral, embora auferindo uma remuneração inferior a do homem. Reagindo contra essa discriminação, as mulheres encetaram diversas formas de luta.

Hoje, as mulheres estão integradas em todos os ramos profissionais, mesmo naqueles que, ainda há bem pouco tempo apenas eram atribuídos aos homens, nomeadamente a intervenção em operações militares de alto risco.

É preciso que o homem esqueça os preconceitos, encare a mulher de igual para igual em todas as circunstâncias, quer no interior do seu lar, quer no seu local de trabalho.

Quando todos assim procedermos não haverá mais necessidade de um dia dedicado à mulher africana.

Em Angola, as mulheres são, cada vez mais, chamadas a assumir o seu papel na sociedade, incluindo na governação ou no seio familiar.

Angop

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