O desenvolvimento de várias vacinas contra a covid-19 parece ter dado o impulso que faltava para a criação de uma vacina contra o HIV, quarenta anos depois do início da pandemia da Sida, o mundo parece estar perto de ter um produto eficaz na prevenção da infecção.
Um estudo com mais de 6 mil pessoas está a ser conduzido em vários países de África, Europa, América do Norte e América Latina. O mesmo está dividido em duas frentes, a primeira na África Subsaariana testa 2.637 mulheres heterossexuais, a segunda na Europa, América do Norte e América Latina está a testar 3.600 voluntários entre homens homossexuais e pessoas transexuais.
A pesquisa está na fase 3 que testa a eficácia em larga escala, as fases 1 e 2 com menos voluntários determinam a segurança do produto e a dose apropriada. Numa fase anterior em macacos o imunizante apresentou uma protecção de 67% contra a infecção, por isto os cientistas estão optimistas.
A vacina está a ser aplicada em pessoas seronegativas que têm um maior risco de exposição à infecção, os voluntários serão acompanhados por 30 meses, metade receberá placebo e a outra metade o imunizante, cada um vai tomar quatro doses com intervalos de três meses entre cada uma.
Actualmente 38 milhões de pessoas vivem com HIV no planeta, segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 33 milhões de pessoas já morreram vítimas da infecção. Graças a evolução nas técnicas de prevenção e tratamento a mortalidade diminuiu de 1,7 milhão em 2004 para 690 mil em 2019 uma redução de 60%. A taxa de infecção também reduziu de 2,8 milhões de infecções ao ano em 1998 para 1,7 milhão em 2019, uma redução de 40%.
Por: Isabel Silva
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