Apartamentos conseguidos por “Bisno” estão a ser recebidos no Kilamba


Muitas familias estão vivendo o “terror” na centralidade do kilamba

Mais de 100 (cem) famílias acusadas de estarem a residir ilegalmente na Centralidade do Kilamba, há um ano, começaram a ser despejadas a partir de ontem, quinta-feira, pela Polícia Nacional, por ordem judicial.

Segundo informações  os agentes da corporação estão a cumprir com um mandato do Ministério da Justiça, já que os supostos infractores foram notificados, no sentido de abandonarem os apartamentos, num período de 24 horas, a contar do dia 8 do corrente mês.

Entretanto, estão a ser desalojadas as famílias residentes nos edifícios com a letra “W”, com dez andares, onde os ocupantes são acusados terem rompido as fechaduras ou de outra forma não licita, os mesmos não possuem qualquer registro nos ficheiros computarizados da Sonangol Imobiliária e Propriedades ( Sonip), antiga responsável pela venda dos apartamentos das centralidades.

O presidente da Centralidade do Kilamba, Joaquim Israel, afirmou que a ordem de despejo é de responsabilidade do tribunal, por isso a administração não tem qualquer envolvimento na retirada destes moradores.

“A administração não foi responsável pela comercialização das casas, então este tipo de acção foi responsabilidade da Sonip. Tomamos conhecimento que esta empresa há já um tempo estava a tratar, de forma judicial, de como retirar os infractores dos imóveis e chegou o momento”, disse Joaquim Israel.

Por sua vez, o porta-voz da Sonip, Mateus Cristóvão, afirmou que está a ser reposta a legalidade, pois um número elevado de apartamentos das centralidades do Kilamba, Zango e Cacuaco foram ocupados ilegalmente na passagem para Imogestin.

Explicou que “ muitas pessoas foram impedidas de entrar nos seus apartamentos porque foram ocupados ilegalmente, naturalmente o processo demorou algum tempo e o que está a decorrer é só o resultado desta acção de reposição da legalidade”.

Alguns moradores abrangidos no processo disseram ter pago, via banco, o contrato, numa quantia de oito a 14 milhões de kwanzas.

No princípio do corrente ano, a Polícia Nacional deteve uma rede de trabalhadores da Sonip sob acusação de terem forjado contratos e facilitado a ocupação ilegal de mais de 100 apartamentos na Centralidade do Kilamba, cujos preços e modalidades implementadas não foram reveladas.

A Sonangol Imobiliária e Propriedades (Sonip) iniciou, em 2012, a venda de habitações nas centralidades do Kilamba, Cacuaco, Capari, Km 44 e Zango (Condomínio Vida Pacífica).

 

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