Depois de terem sido dispensados os seus trabalhadores, o proprietário da Universidade Independente de Angola (UNIA), António Burity da Silva meteu à venda a instituição.
“Como proprietário único da Universidade Independente de Angola, decido o futuro do meu projeto de vida e decidi colocar à venda este património, pois com a idade que tenho não me sinto em condições de viver os sobressaltos atuais que os empresários angolanos têm sido obrigados a viver diariamente”, salienta o antigo ministro da Educação.
António Burity da Silva afirma ainda que não se trata de uma falência, ao contrário do que foi referido nas redes sociais.
“Acontece é que, à semelhança das demais instituições de ensino angolano, os trabalhadores da UNIA foram dispensados das suas atividades uma vez que o ano letivo foi interrompido por motivos por todos conhecidos”, esclarece.
O dono da UNIA desmente também ter um processo aberto pela Procuradoria-Geral da República de Angola para arresto da universidade pelo estado angolano.
“Devo publicamente informar que nunca fui contactado por nenhum órgão da justiça angolana, sobre este ou outro assunto de fórum judicial”, vincou António Burity da Silva.
O Governo angolano suspendeu a cobrança de propinas em todas as instituições de ensino públicas, público-privadas e privadas, enquanto não houver aulas presenciais devido à covid-19.
Reagindo à decisão, a Associação Nacional do Ensino Privado (ANEP) hoje que o Estado angolano decretou “o fim das instituições privadas” com a proibição do pagamento de propinas.
Em causa poderão estar cerca de 27 mil trabalhadores. Universidades como a Católica e Lusíada anunciaram a suspensão de contratos com todos os seus colaboradores, docentes e administrativos.
Angola anunciou na quinta-feira um recorde de infeções, com 88 novos casos, que elevam para 1.483 o número de pessoas atingidas pela pandemia, que já provocou 64 mortes no país.
Lusa
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