Angosat-2: Foguete russo preparado para colocar satélite angolano em órbitra


O lançamento em órbita, do Angosat-2, foi confirmado nesta segunda (10), em Moscovo, na Rússia, pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Augusto Oliveira, que hoje, terça-feira, 11, se desloca ao Cazaquistão, onde está a rampa de lançamento do foguete que vai transportar o satélite angolano até ao espaço.

Foto: Roskosmos

Sobre possíveis riscos que poderá acontecer com o Angosat-2 tal com0 sucedeu com o primeiro satélite Angosat-l, o ministro Mário Augusto Oliveira, citado pelo Jornal de Angola, considerou que a ‘indústria satélite é complexa’ e que, apesar de questões técnicas terem sido acauteladas, ‘a tecnologia é feita por homens’.

“A indústria satélite é complexa e é dentro desta complexidade que temos que ver as questões probabilísticas. Todas as acções técnicas foram acauteladas, mas a tecnologia é feita por homens.Tudo vai correr bem e Angola vai ter o satélite de comunicações, que vai contribuir para a melhoria e expansão das telecomunicações no País e com ele associados outros serviços como internet, telecomunicações que vão contribuir para a modernização administrativa do Estado, a educação, tele-saúde e tele-medicina, da própria indústria no País e da agricultura” , afirmou.

O referido satélite pesa duas toneladas e possui uma definição de “High-throughput”, ou elevada taxa de transferência de informação, um avanço considerável em relação aos clássicos FSS, de menor capacidade, vai chegar ao espaço para garantir a Angola um lugar de destaque em África neste capítulo por pelo menos 1 5 anos, sendo a sua longevidade mínima garantida.

Esta é a segunda tentativa de Angola para entrar no clube dos países “espaciais” depois de o Angosat-l, construído pela russa RKK Energia, por 320 milhões de dólares, ter sido um ”fracasso” após falhas graves no lançamento, em 2018.

Segundo o Novo Jornal, o Angosat-2, construído pela russa ISS Reshetnev, não representa novos custos para o Estado angolano devido às garantias existentes no primeiro projecto, o que acaba por ser uma vantagem para Angola, visto que chegará à sua órbita com uma capacidade incorporada para transmissão de dados, imagem e telecomunicações, muito superior, permitindo uma maior rentabilidade ao alugar parte desta capacidade a vários países africanos, como está previsto, e chegou a estar contratualizado para o Angosat-l .

O Angosat-2, vai fornecer 13 gigabites de banda para cada uma das regiões “iluminadas” pelo alcance do seu sinal, que abrange a maior parte do continente africano e parte substancial da Europa, tendo como “casa” a plataforma Eurostar E3000, uma plataforma de acolhimento de satélites comerciais civis e militares de telecomunicações criada pela Airbus Defence and Space.

Com a chegada do Angosat-2 espera-se que o país dilua uma parte substancial das actuais dificuldades de comunicações e de acesso às tecnologias de comunicações, colocando Angola num patamar de linha da frente em África neste capítulo.


Gostou? Partilhe com os teus amigos!

0 Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *