Os cidadãos angolanos constam na lista das cinco principais nacionalidades que arriscam a vida no estreito e mais perigoso caminho do mundo para tentar entrar clandestinamente nos Estados Unidos da América. Darién, que separa a Colômbia do Panamá, é bastante usado pelas redes de migração ilegal, apesar de, no ano passado, 51 pessoas terem sido dadas como mortas ou desaparecidas na região.
Segundo apurou o Novo Jornal com base num relatório da CARE, organização humanitária internacional que luta contra a pobreza global e a fome, Angola está entre os cinco países cujos cidadãos arriscam a vida pelo perigoso desfiladeiro de Darién, na busca pela entrada ilegal para os Estados Unidos da América.
O documento da CARE, que se apoia nas estatísticas da Organização Internacional para as Migrações (OIM), aponta que, neste ano, do total de migrantes que transitaram por aquela rota, 60% são provenientes da Venezuela, 10% do Haiti, 8% de Cuba, 7% do Senegal e 5% de Angola, sendo os restantes referentes a cidadãos de outros países não especificados.
De acordo com a CARE, instituição com sede em Genebra, Suíça, diariamente, entre 1.600 e 2.000 migrantes chegam a Necoclí, na Colômbia, com a intenção de iniciar a viagem através do desfiladeiro de Darién para chegar ao Panamá, sempre com os olhos nos EUA.