Depois de dez anos, o Governo angolano voltou a emitir o documento que confere o estatuto de refugiado à cidadãos estrangeiros, que estão no país após terem fugido das suas zonas de origem. Pelo menos 56 mil cidadãos estrangeiros requerentes de asilo e estatuto de refugiados estão registados pelo Serviço de Migração e Estrangeiros.
De acordo o que a secretária executiva da comissão episcopal da pastoral dos migrantes e itinerantes de Angola e São Tomé Carla Luísa, disse em uma colectiva de imprensa em Luanda, a retoma do processo resulta de um esforço tripartido, entre governantes, os contemplados e as organizações da sociedade civil envolvidos na causa da protecção dos direitos dos refugiados e emigrantes.
“Foi uma alegria enorme depois de dez anos a viver de forma ilegal em Angola, e agora o governo começou a regularizar isso com a documentação atribuindo o cartão que lhes dá a possibilidade de viver de forma regular no país, de abrir uma conta, de ter um documento que o identifique como refugiado e que dê também respaldo”, afirmou a missionária brasileira.
Esses estrangeiros são oriundos de todos os países dos quatro cantos do mundo. África aparece em maior número, que entre os seus países, a RDC tem 44% de todos os cidadãos requerentes de asilo no país. Deste número, mais de 1.200 já receberam o seu cartão de refugiado, desde a retomada da emissão, em Setembro de 2023, em Luanda.