Angola vai realizar Exames Nacionais pela primeira vez em Junho de 2022


Angola e Portugal assinaram esta sexta-feira (7) de Maio, em Luanda, um protocolo relativo ao projeto-piloto “Exames Nacionais Angola 2022”, que será realizado em junho para 2.100 alunos das 18 províncias angolanas, nas disciplinas de língua portuguesa e matemática.

O memorando de cooperação foi assinado na sede do Ministério da Educação de Angola, em Luanda, pelos directores do Instituto Nacional de Avaliação e Desenvolvimento da Educação (INADE) angolano e do IAVE – Instituto de Avaliação Educativa português.

Pelo menos 250 técnicos da educação de Angola, maioritariamente professores, estão a ser formados por formadores portugueses, nas disciplinas de língua portuguesa e matemática, visando a realização dos primeiros exames nacionais em Angola, previstos para 23 de 24 de junho.

O exame-piloto será apenas para as classes de transição no ensino geral angolano, nomeadamente a 6.ª e 12.ª classe, sendo que a amostra compreende 2.100 alunos selecionados aleatoriamente.

Apesar da extensão territorial angolana, “onde as províncias são muito distantes uma da outra”, Luísa Grilo manifesta grande expectativa sobre os exames e acredita que esta primeira avaliação “vai correr bem, sobretudo devido à motivação” dos professores e formadores.

Técnicos do Instituto Superior de Ciências da Educação (Isced) angolano farão o reconhecimento científico e a validação das provas “para manter o rigor e a qualidade deste exame” proposto.

Sobre a escolha de apenas duas disciplinas, língua portuguesa e matemática, para estes exames-piloto, a ministra angolana explicou que a mesma decorre do facto de ambas serem a “base de todo o sistema de educação”.

“E se formos bem sucedidos nesta avaliação, será muito mais fácil fazermos o exame-piloto da química, física, geografia, história, porque temos essa base, é uma amostra ainda este exame-piloto”, justificou.

“Vamos fazer estes testes nos dias 23 e 24 de junho para que os alunos depois possam a fazer a sua avaliação final sem qualquer problema, este exame é apenas uma amostra a não conta para qualquer avaliação”, explicou.

Questionada pela Lusa sobre o investimento global de Angola nesses exames, Luísa Grilo respondeu: “Ainda não podemos quantificar o valor, porque estamos a fazer o processo etapa por etapa e, portanto, vamos quantificando na medida das necessidades”.

 

Lusa

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