Angola com projeto para extrair “nióbio”, um dos minerais mais raros do mundo


Um grupo privado pretende desenvolver no sul de Angola um projeto mineiro de exploração de nióbio, um material supercondutor raro e utilizado na indústria espacial, segundo um documento governamental a que a Lusa teve hoje acesso.

Em causa está o interesse do grupo Doriouro em avançar para uma concessão de uma aérea para a exploração de nióbio em Angola, ao abrigo do Código Mineiro e mediante um contrato de investimento.

Em despacho de 26 de maio, o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, autorizou a criação de uma comissão para negociar este contrato de investimento privado.

O Brasil, detém as maiores – e praticamente únicas – reservas mundiais de nióbio, segundo dados oficiais na ordem de 842,46 milhões de toneladas, espalhadas por Minas Gerais, Amazonas e Goiás.

Em Angola, a exploração mineira de nióbio deverá avançar na província da Huíla, no sul do país.

Trata-se de um dos minerais mais raros do mundo e é usado no fabrico de turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, indústria eletrónica e centrais elétricas, mas também para produzir ligas de aço ou supercondutores.

Dados do Serviço Geológico do Brasil indica que as exportações brasileiras da liga ferro-nióbio atingiram em 2012 as 71 mil toneladas e um encaixe de 1,8 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros).

Lusa

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