Angola prevê produzir 655 milhões de barris de petróleo em 2014


O ministro dos Petróleos angolano informou  que o país produziu mais de 142 milhões de barris de petróleo entre janeiro e março, valor que até final deste ano deverá atingir os 655 milhões de barris.

Os números foram conhecidos na abertura do X conselho consultivo alargado do Ministério dos Petróleos, que se realiza no Lobito, presidida pelo titular da pasta José Maria Botelho de Vasconcelos, que reafirmou as metas anteriormente traçadas para o próximo ano.

“Em 2015 prevê-se que a produção atinja os dois milhões de barris de petróleo por dia com a entrada em produção de novos campos, cujos projectos se encontram em fase de execução”, apontou o ministro dos Petróleos, na abertura desta reunião, numa intervenção transmitida pela rádio pública angolana.

Face aos números hoje divulgados, a produção diária deste ano deverá cifrar-se perto dos 1,8 milhões de barris de petróleo, contando o Governo angolano com a entrada em funcionamento de novos campos de exploração para aumentar os resultados em 2015.

Nomeadamente, explicou Botelho de Vasconcelos, através do início das operações no bloco 17, Mafumeira Sul (bloco 0), Pólo Este (bloco 15/06) e Satélites do Kizomba fase 2 (bloco 15).

“A maturação de reservas e de projectos em estudo deverão garantir a sustentabilidade da produção de dois milhões barris até 2021. Para tal, torna-se imperioso que os projectos em fase de estudo sejam aprovados e implementados em tempo oportuno”, disse ainda o ministro no arranque deste conselho consultivo alargado, que se prolonga até sábado.

Angola é atualmente o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, atrás da Nigéria, com cerca de 1,7 milhões de barris/dia e o objetivo é atingir a cifra de 2 milhões em 2017, depois de anteriormente ter sido equacionado o ano de 2015.

O crude representa 97% das exportações e 80% da receita fiscal, mas a indústria petrolífera emprega apenas 1% da população, que já soma mais de 21 milhões, segundo o Banco Mundial, dos quais a maioria vive com menos de 2 dólares por dia, de acordo com os dados das Nações Unidas.

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