Angola ocupa o segundo lugar da lista dos países com a taxa de fecundidade mais elevadas do mundo, depois da Republica Democrática do Congo. Os dados constam da Projecção Nacional de 2014 à 2050.
A menção está contida no relatório apresentado recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística, INE, em que a República Democrática do Congo lidera a lista com a taxa de fecundidade a chegar aos 6,6 filhos por mulher, seguindo-se Angola com 6,1, e logo depois Moçambique 5,9. Na analise nacional, a província do Huambo tem a percentagem mais alta da taxa de natalidade, com 6.4%, enquanto a província mais a Norte do país, Cabinda, tem a mais baixa, na ordem dos 4.9%. A tendência é de redução a cada ano, noticiou hoje o jornal OPaís.
Por exemplo, em 2015 a taxa de fecundidada em Angola cifrou-se em 5,5 filhos por mulher, e em comparação entre áreas de residência, ela é mais elevada na zona rural (5, 9), mas 10 anos depois, isto é, em 2025, ocorrerá uma redução para 4,9 filhos por mulher. A tendência de redução mantém o ritmo projectado registando a cifra de 4,0 filhos por mulher em 2037 chegando a 3,2 filhos por mulher em 2050.
Em comparação entre a zona rural e a urbana, a tendência de alta para a primeira mantêm-se. Outro elemento positivo do estudo é referente aos dados que mostram que a prevalência do VIH em mulheres grávidas é geralmente baixa e não há forte evidência de que esteja a aumentar, embora com alguma variação provincial. A projecção mostra ainda que de 2014 a 2024 a esperança de vida aumentará a um ritmo de 0,25% ao ano nas áreas urbanas e 0,20% nas áreas rurais nas províncias com prevalência de HIV superior a 3%.