ENDE vai reduzir faturas para compensar cortes até a estabilização da energia


A empresa responsável pelo fornecimento de eletricidade angolana anunciou hoje que vai reduzir as faturas de cobrança de energia, durante esta fase de restrições, que Luanda vai registar até julho.

As restrições na distribuição de eletricidade à capital angolana tiveram início a 11 de março, segundo o porta-voz da Empresa Nacional de Distribuição de Eletricidade (ENDE) de Angola, Pedro Bila, com o início do enchimento da albufeira do aproveitamento hidroelétrico de Laúca.

O responsável a ENDE prevê fazer uma cobrança em concordância com a percentagem de energia distribuída.

“Não podemos fazer uma cobrança de 100 por cento quando o abastecimento não foi feito nesta percentagem. Não faz sentido fazer uma fatura de 100 por cento”, referiu Pedro Bila, citado pela agência noticiosa angolana, Angop.

Segundo Pedro Bila, os consumidores têm reclamado pelo corte de 12 horas na distribuição de energia elétrica, acreditando que as chuvas que nos últimos dias tem caído nas províncias de Malange e Bié, vão fazer aumentar o caudal do rio e acelerar o enchimento da albufeira da barragem de Laúca.

Na cerimónia de início do enchimento da albufeira, o ministro da Energia e Águas de Angola, João Baptista Borges, disse que operação comercial do aproveitamento hidroelétrico de Laúca inicia em julho, obrigando ao aprovisionamento de água por esta altura.

O governante referiu que Laúca está a meio de duas outras barragens – Capanda e Cambambe – sendo que Capanda é também um empreendimento que depende de uma albufeira, o caudal de fluente para Cambambe foi limitado.

“Essa limitação será tanto maior quanto menor seja a afluência de água em Capanda”, disse o ministro, na altura, sublinhando que o país regista um período de estiagem.

João Baptista Borges referiu que o esforço atual é para que Laúca entre em funcionamento até julho e comece a gerar energia, que permitirá eliminar o défice que se regista no atendimento às necessidades de consumo do país.

“Temos que reconhecer os sacrifícios que todos vamos ter que consentir, ficando algumas horas sem energia por dia para que de facto possamos atingir este objetivo, esperando que comece a chover e que possamos de facto ter outra disponibilidade de água e limitações mais reduzidas”, disse.


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