A exportação de diamantes atingiu no mês de Maio quase 744 mil quilates, mais 45,87 mil que em Abril, o que permitiu aumentar a receita arrecadada pelo Estado em 25% face ao mês anterior, para Kz 1,083 mil milhões, o equivalente a USD 6,5 milhões.
Em Abril, a receita fiscal arrecadada com a venda de diamantes, compreendendo o imposto industrial e as royalties, fora de Kz 869,2 milhões. O mês de Maio foi, no que respeita à receita arrecadada, o terceiro melhor mês deste ano, depois de Janeiro e Março.
O preço por quilate caiu em relação a Abril (USD 102,71 contra USD 120,95) com o valor das vendas globais, de acordo com dados do Ministério das Finanças compilados por OPAÍS, a situarem- se em USD 76,415 milhões, o que traduz um recuo ligeiramente superior a USD 10 milhões face ao mês anterior.
Até ao final de Maio a receita arrecadada com a exportação de diamantes ascende a Kz 6,35 mil milhões, o equivalente, ao câmbio corrente, a USD 38 milhões. Maio foi, a seguir a Janeiro, o mês que registou um maior volume de exportação da pedra preciosa, mas também aquele em que o preço por quilate foi menor. Na comparação anual, o volume de exportação denota um ligeiro recuo (3,4%) em relação a Maio de 2015, com o preço do quilate a cair significativamente de USD 308,22 para os actuais USD 102,71, o que se reflecte na redução em 25% do valor de venda apurado. A receita arrecadada no final dos primeiros cinco meses do ano subiu, no entanto, Kz 2,91 mil milhões, o equivalente a USD 17,5 milhões.
O presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), Carlos Sumbula, disse no início deste ano que os países produtores diamantíferos pretendem reduzir a quantidade de pedras preciosas no mercado para travar a quebra nos preços. ‘Em cooperação com todos os países produtores do mundo, estamos a reduzir a quantidade de diamantes no mercado para fazer com que a procura aumente e isso também aumentará o preço’, referiu na altura Carlos Sumbula. O projecto Luaxe, na Lunda Sul, e os investimentos previstos na concessão mineira do Lulo, na Lunda Norte deverão dar um contributo decisivo à expectativa do Executivo de duplicar a produção diamantífera do país a partir de 2018.
Espera-se que o projecto Luaxe, cuja produção deverá atingir, anualmente, nove milhões de quilates, venha a gerar uma receita de USD 1,2 mil milhões. O projecto está a ser desenvolvido pela Endiama em conjunto com a Alrosa, envolvendo um investimento de cerca de USD 1,5 mil milhões. A empresa australiana Lucapa Diamon Company já anunciou, por seu turno, um investimento de USD 7 milhões na concessão mineira de Lulo, onde já extraiu alguns dos maiores diamantes já alguma vez encontrados no mundo.
A Lucapa Diamond Company tem como parceiros no projecto do Lulo a Endiama e o grupo privado angolano Rosas & Pétalas. Em Agosto do último ano, a Lucapa informou que a área da concessão atribuída pelo Governo à Sociedade Mineira do Lulo para a exploração de diamantes de aluvião, foi ‘significativamente alargada’ para 1500 quilómetros quadrados. Refi ra-se ainda que o consórcio formado pela Endiama (30%) e pelos privados da Soreluno (70%) já tem luz verde para avançar com trabalhos de prospecção e avaliação diamantífera numa extensão de área concessionada de 350 quilómetros quadrados na província da Lunda Norte. O contrato de concessão dos direitos mineiros, inicialmente válido por cinco anos e aprovado no mesmo despacho, prevê um investimento privado de USD 5,4 milhões apenas para os trabalhos de prospecção.
OPais