Dois helicópteros de Angola, com tropas especializadas no resgate de pessoas em áreas de difícil acesso, chegam nesta segunda-feira (25) de Março, a Maputo, Moçambique, anunciou a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
De acordo com a Angop, ainda hoje, chega àquele país devastado pelo ciclone Idai, um quarto avião com 52 toneladas de meios (medicamentos e material gastável), duas ambulâncias e quatro carros todo terreno para facilitar a mobilidade das equipas.
As equipas vão juntar-se à delegação que está naquele país desde 22 de Março, para uma missão de 30 dias, com vista a prestar assistência técnica e medicamentosa nos vários domínios da saúde, junto das populações afectadas pelo ciclone.
“Hoje, as equipas médicas e técnicas fazem parte de grupos de trabalho, tendo sido criadas 11 para irem para áreas mais críticas e de difícil acesso, onde os profissionais angolanos (médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico) farão turnos de uma semana”, explicou a ministra, em conferência de imprensa.
A passagem do ciclone Idai, que assolou Moçambique, Malawi e Zimbabwe, deixou 732 mortos, dos quais 446 foram registados em Moçambique. Deixou milhares de pessoas desesperadas, muitas em telhados e árvores.
Pelo menos 259 pessoas morreram no Zimbabwe vítimas da passagem do ciclone Idai, segundo o mais recente balanço feito pela ministra da Defesa zimbabweana, referindo que 120 corpos foram levados pelas águas do país para Moçambique.
No balanço, a ministra da Defesa, Oppah Muchinguri, revelou que mais de 120 corpos foram levados para território moçambicano, nas inundações e cheias que se seguiram à passagem do ciclone Idai pelos dois países, e ainda pelo Malawi.
O ciclone Idai atacou a cidade portuária da Beira com ventos de até 170 km/h na semana passada, depois passou pelo interior do continente africano, no Zimbabwe e Malawi, deixando populações inundadas e devastando casas.