A ocupar o nono lugar, Angola entra para lista dos principais destinos de emigração dos portugueses e é o único país não europeu do “top 10”, segundo o Relatório da Emigração 2021, divulgado nesta quarta-feira (11).
Segundo a Lusa, os últimos dados disponíveis no caso de Angola remontam a 2019 e apontam para 1.708 entradas nesse ano, menos 202 pessoas do que 2018, quando 1.910 portugueses escolheram o país lusófono como o seu destino, tendo em conta os vistos concedidos.
“Os efeitos recessivos da crise dos preços do petróleo e suas consequências sobre os sectores do mercado de trabalho para onde se dirigia a emigração portuguesa” são as principais causas apontadas no documento, e que “terão feito sentir-se em pleno a partir de 2016”.
O ano 2009 foi que mais regitou entrada de portugueses para Angola, num total de 23.787. De acordo o estudo, estes valores de 2009 não são diretamente comparáveis aos de 2012 a 2018 devido a mudanças na tipologia dos vistos e à inclusão de vistos emitidos pelo Serviço de Migração e Estrangeiros, (além dos emitidos pelos consulados de Angola em Portugal).
Em 2021, estavam inscritos, nos consulados portugueses em Angola, 127.366 pessoas nascidas em Portugal, fazendo do país africano o 11.º do mundo com mais cidadãos nacionais, logo a seguir ao Luxemburgo, numa tabela encimada pela França.
Angola surge também na lista dos 10 países com o maior volume de transferências monetárias para Portugal, ocupando a quarta posição, com 251,82 milhões de euros, depois da Suíça, França e Reino Unido.
De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, em 2021, citado pela Lusa, o valor total recebido de remessas de emigrantes foi de 3.677,76 milhões de euros, correspondente a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal.
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