Angola completa hoje o 57º aniversário do início da Luta Armada


Passaram-se 57 anos desde o início da Luta Armada de Libertação Nacional, data que constitui um marco indelével na história da resistência ao regime colonial-fascistas português, para o alcance da independência Nacional. Este dia tão especial para os angolanos, foi comemorado oficialmente um dia depois da data que se assinala os anos do início da luta de libertação nacional que levou o país a conquista da independência, em virtude de o feriado acontecer  num Domingo.

O 4 de Fevereiro é considerado um marco importante da luta africana contra o colonialismo. Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, um grupo de homens e mulheres, munidos de paus, catanas e outras armas brancas, atacou a casa de reclusão e a cadeia de São Paulo, em Luanda, para libertar presos políticos ameaçados de morte.

Em resposta ao ataque, o regime colonial-fascista reagiu brutalmente com uma acção de repressão em todo o país, com assassinatos, torturas e detenções arbitrárias.

Essas prisões e assassinatos de pessoas indefesas levou alguns nacionalistas a organizarem-se para a luta de libertação.

Os preparativos da acção tiveram início em 1958, em Luanda, com a criação de dois grupos clandestinos, um abrangendo os subúrbios e outro a zona urbana, coordenados por Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Neves Bendinha (já falecidos).

A acção inseriu-se também nos anseios da população e na necessidade de se passar a formas de luta que correspondessem à rigidez da administração colonial. Para tal, valeu a colaboração de Cónego Manuel das Neves e outros combatentes.

O 4 de Fevereiro de 1961 é considerado um marco importante da luta africana contra o colonialismo, numa tradição de resistência contra a ocupação que vinha desde os povos de Kassanje, do Ndongo e do Planalto Central.

Os primeiros relatos de realce de resistência à ocupação colonial datam dos séculos XVI e XVII (1559-1600 e 1625-1656), conduzidos por Ngola Kiluanje e Njinga Mbandi.

Os acontecimentos de Fevereiro de 1961 traduziram-se assim numa sublime expressão de nacionalismo, demonstrada pelos angolanos.

A Vila de Caxito na província do Bengo acolheu ontem o acto central do 57º aniversário do 4 de Fevereiro, numa cerimónia presidida pelo Ministro dos antigos combatentes e veteranos da pátria, João Ernesto dos Santos.

 

 

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