O Governo angolano anunciou, esta quinta-feira, 21 de Dezembro, a sua retirada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em comunicação feita pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro de Azevedo.
A medida surgiu na sequência da sessão do Conselho de Ministros, que aconteceu esta quinta-feira no Palácio Presidencial, em Luanda, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço.
“Angola sempre cumpriu com as suas obrigações e lutou o tempo todo para ver a OPEP se modernizar, ajudar os seus membros a obter vantagens. Sentimos que neste momento Angola não ganha nada mantendo-se na organização e, em defesa dos seus interesses, decidiu sair”, explicou aos jornalistas o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, na sala de imprensa do Palácio Presidencial.
O governante disse ainda, “Quando vemos que estamos nas organizações e as nossas contribuições, as nossas ideias, não produzem qualquer efeito, o melhor é retirar-se. Entrámos em 2006 voluntariamente e decidimos sair agora também voluntariamente. E esta não é uma decisão irreflectida, intempestiva”, referiu o ministro ao comunicar a medida.
A decisão de Angola se retirar da OPEP foi no mesmo dia reduzida a decreto, com força de lei, que o Presidente da República, João Lourenço, assinou.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo é um organismo internacional que administra os assuntos relacionados à política petrolífera mundial.