Agora em liberdade, Norberto Garcia pensa em ser pastor


O ex-director da extinta Unidade Técnica do Investimento Privado (UTIP), Norberto Garcia, absolvido nesta terça-feira, pelo Tribunal Supremo, do caso ‘Burla Tailandesa’, pondera deixar a vida política e ser pastor.

Nas suas primeiras palavras à imprensa, após soltura ao cabo de sete meses de prisão domiciliar por aquilo que chamou de “erro processual”, Norberto Garcia disse que sempre quis ser pastor, mas foi desviado.

Recusou qualquer possibilidade de solicitar uma indemnização ao Estado angolano, porque não quer aproveitar a circunstância de um “erro processual” que se cometeu para tirar vantagem.

“O dinheiro que devia ser para mim, eu quero que se construa um bom mercado, para as zungueiras (vendedoras ambulantes) e evitarmos os casos da Juliana Cafrique, zungueira morta, acidentalmente, em Luanda, em confronto com a Polícia. Se dê mais medicamentos aos hospitais, mais escolas condignas”, disse Norberto em declarações a Angop.

De acordo com a Angop, apesar de afirmar que não guardar rancor de ninguém, lamentou o facto de ser abandonado, nos momentos mais difíceis, pelos colegas do MPLA (partido governante), onde desempenhava o cargo de secretário para Informação.

Por outro lado, recusou que tenha sido convidado para dirigir a Fundação Eduardo dos Santos (FESA).

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