Adolescentes angolanas com filhos de cidadãos chineses preocupam o governo angolano


Um grupo de quinze adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e 16 anos de idade, deram à luz a filhos gerados com cidadãos chineses, no município de Benguela e as autoridades locais apontam a fome como a principal causa.

A delegação do Ministério da Ação Social, Família e Promoção da Mulher (Masfamu), informou que casos do gênero serão remetidos à justiça. A informação foi avançada à agência Lusa pelo Diretor-Geral do Instituto Nacional da Criança (INAC), Paulo Calesi, que também integrou a comitiva.

Segundo Paulo Calesi, foi constatada pela delegação a existência de um grupo de 15 mulheres, entre as quais se encontram três menores, que se envolveram com cidadãos chineses, resultando filhos dessas relações, alguns já com um ano de idade.

“Uma das menores, de 17 anos, tem um filho de um ano, significa que ela ficou grávida com 16 anos”, apontou o responsável.

Paulo Calesi disse que os cidadãos chineses têm uma relação de união de facto não reconhecida, havendo outros que, sem viverem com as mulheres, apoiam os seus filhos, apesar de as menores terem desmentido a mesma informação que aponta para uma relação forçada pelas famílias por conta da fome.

 

“O que elas nos disseram é que não foram obrigadas pelos pais, que há dois anos algumas senhoras, de 25 a 30 anos, mantiveram relações com os chineses e esses chineses na verdade apoiam as mulheres, e é em função disso, de os chineses tratarem bem as senhoras com quem têm filhos, que as menores começaram a namorar com os cidadãos chineses”, explicou Paulo Calesi.

O diretor-geral do INAC reiterou que em momento algum foi por influência dos pais, ou por pobreza que se envolveram com os mesmos, frisou que pelo  de serem menores, este envolvimento constitui crime.

Paulo Calei recorda que o consentimento de uma menor nestes casos é irrelevante, porque é menor de idade e a violação sexual é abuso, e os cidadãos chineses terão de ser responsabilizados. Reiterou ainda que os cidadãos implicados estão identificados e vivem na zona, porque prestam serviço nas empresas de pescas, na Caota, área piscatória da província de Benguela.

 

 

Por: Sofia Adelino


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