Um adolescente de 13 anos confessou que matou a tiros a mãe e o irmão mais novo, e deixou o pai gravemente ferido, neste sábado, 19 de Março, Paraíba, Brasil. Segundo a polícia, ele cometeu o acto infracional porque a família o proibiu de usar o telemóvel para jogar e para conversar com os amigos e porque era pressionado para ter notas boas na escola.
O menino foi preso pouco tempo depois dos tiros e levado para a Delegacia de Homicídios e Entorpecentes da Polícia Civil, acompanhado de uma advogada e de uma parente. De acordo com Renato Leite, delegado responsável pelo caso, já foi possível fazer uma reconstituição dos factos. O pai do menino, polícia militar reformado, foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de sair de casa, retirou o telemóvel do menino, o que foi definido como “a gota d’água” para a criança cometer o crime.
Quando o pai voltou da farmácia, já encontrou a esposa morta, o filho com a arma na mão e pediu para ele entregar-lhe o revólver, ao invés disso, o menino atirou no pai e o atingiu no tórax, o que o deixou gravemente ferido.
Com o barulho dos tiros, o irmão do suspeito, de sete anos, correu para abraçar o pai, e acabou também baleado nas costas e morreu no local.
Ainda de acordo com o delegado, o menino, depois dos tiros, guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O pai está internado em estado grave no Hospital de Trauma de Campina Grande. No início, o adolescente negou o acto e a polícia achava, a princípio, que ele era vítima, sobrevivente do crime, no desenrolar das investigações, ele foi apontado como suspeito, e na delegacia, acabou por confessar.