Adolescente depositado com vida na morgue em Benguela, médico foi suspenso


A Procuradoria Geral da República (PGR), em Benguela, mandou instaurar um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de um jovem deficiente visual, depositado com vida na morgue do Hospital Geral do Lobito, onde supostamente acabou por morrer horas depois.

O procurador Almerindo Bastos, que confirmou ao Jornal de Angola a investigação do caso, sustenta a intervenção da PGR com a necessidade de se apurar responsabilidades no caso de ter havido negligência médica.

“Os médicos na sua actuação cometem lapsos passíveis de responsabilização e muitas delas do foro civil e criminal”, disse o procurador para quem há necessidade de averiguar-se as incidências no terreno, formar-se um processo para depois adoptar o tipo de responsabilização (civil ou criminal) a aplicar ao caso.

Almerindo Bastos apela à população para denunciar eventuais casos de erros médicos, para que situações do género não voltem a acontecer.

O caso do jovem depositado com vida na morgue do Hospital Geral do Lobito chocou profundamente a sociedade.

A Angop apurou que tudo aconteceu num sábado, 13 de Julho. Valdemiro Samuel Lino Domingos, que padecia de cegueira, estava a brincar em casa de um vizinho no bairro da Cabaia, arredores da cidade do Lobito, quando foi encontrado aparentemente inconsciente. Foi levado para o hospital, onde o médico, após observá-lo no serviço de urgência, declarou o óbito.

Na sequência da morte do filho, Augusta Lino, mãe do adolescente, acusa o mesmo médico de ter ignorado sub-repticiamente os avisos da família de que Samuel ainda estaria vivo, pois alegadamente tinha apresentado batimento cardíaco, quando foi transportado à sala da Casa Mortuária da unidade hospitalar.


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