Depois de ter alinhado pela segunda vez em equipa da NBA “Toronto Raptors”, o extremo angolano deu uma entrevista para o blog Pro Bball Report, onde o atleta angolano fez um pequeno resumo dos dias em que se encontra a jogar para a equipa canadiense.
O MVP do Afrobasket2013, considerou positivo os 12:00 minutos que alinhou para a equipa os Toronto Raptors, num dos jogos de pré-temporada frente a equipa do Minnesota, e falou também entre vários assuntos dos seus primeiros três pontos como jogador da NBA.
“Eu tive alguns minutos decentes (em Minnesota), isso foi bom, eu tenho que fazer mais algumas coisas”, disse Morais. “Marquei os meus primeiros três pontos como um jogador da NBA e espero continuar a receber minutos, obtendo a confiança da equipa técnica e algumas respostas.”.
Carlos Morais é um novato mais velho na NBA com muita experiência internacional. Ele passou por bons e maus momentos na sua carreira no basquetebol e espera que a equipa técnica dos Raptors possa ver como sua experiência poderá ajudar a equipa.
“Acabei de completar 28 anos hoje”, disse Morais. “Eu diria que isso me está a ajudar, porque não cometo os mesmos erros que costumava cometer no passado, quando tinha 20 e 23 anos e eu acho que isso me ajuda muito e deve também ajudar esta equipa, porque eu sei realmente como reagir quando as coisas não são tão boas, quando estamos por baixo. Eu sei o que temos de fazer para ganhar os jogos.”
Como campeão do Afrobasket2013 e MVP, Morais foi um vencedor comprovado em África. No entanto, ele é um novato na América do Norte e tem vindo a passar por um período de adaptação. Com pouco tempo para a adaptação a um novo campeonato, o extremo angolano sente a pressão e o peso da responsabilidade em representar Angola condignamente, e de se tornar o primeiro jogador angolano a actuar na principal liga norte americana de basquetebol (NBA).
“Não é que os jogadores sejam diferentes. Não é que os cestos sejam diferentes. Tudo é o mesmo”, disse Morais. “A maior diferença é a responsabilidade que o campeonato dá. Para mim, o facto de estar a vestir uma camisola e a representar uma equipa da NBA, faz-me sentir com muito mais pressão e essa é a maior diferença (de jogar na África) “.
No ataque, Morais é um bom atirador do lado de fora e pode conduzir e concluir através do contacto, mas o treinador principal Dwane Casey salienta defesa e a defesa da NBA pode ser dramaticamente diferente do que quando o jogo é jogado sob as regras da FIBA. Sem tempo suficiente para se acostumar com as diferenças de jogo, para Morais o ajustamento está a ser um desafio.
“O meu ex-treinador, foca-se na mesma coisa”, disse Morais. “A defesa, defesa, defesa, mas a maior diferença é o tipo de defesa que estas equipas usam. (Em África), jogamos mais com a defesa man-on -man e aqui a defesa não é à zona, mas parece que é à zona. “Não é difícil (a adaptação), só precisas de tempo, tempo de jogo. Se realmente chegares a ter tempo de jogo, mesmo nos treinos, serás capaz de aprender todas as coisas e jogar dessa maneira. Não é nada difícil – com tempo de jogo. Tens apenas que estar lá e fazer o que tens de fazer”, finalizou o MVP africano.