A procuradoria-geral da República de Angola confirmou na noite deste sábado (14), que os 60 milhões de dólares provenientes do Fundo Soberano que estão no Banco Privé BCP e no Banco Falcon Private na Suiça que haviam sido congelados em Abril deste ano, por suspeita de branqueamento de capitais foram desbloqueados.
Sexta-feira, a Procuradoria-Geral da Confederação Helvética (PGC) já havia anunciado, em primeira mão, o desbloqueamento do dinheiro em alusão, que faz parte de um total de 210 milhões de dólares anteriormente congelados.
Em causa está o dinheiro que havia sido transferido pelo Fundo Soberano de Angola (FSDA) e o Banco Nacional de Angola (BNA) para contas tituladas na Suíça por empresa geridas por Jean-Claude Bastos de Morais.
Em nota de imprensa a que a Angop teve acesso, este sábado, a PGR angolana clarifica que os 60 milhões de dólares norte-americanos desbloqueados estão depositados no Banco Privé BCP e no Banco Falcon Private.
A nota detalha que a PGR da Suíça ordenou o desbloqueamento do dinheiro “por entender que não existia risco de terceiros não autorizados movimentarem as referidas contas bancárias, na medida em que apenas a nova administração do Fundo Soberano tem poderes para movimentá-las”.
Este é o principal resultado da visita oficial do procurador-geral da República de Angola, Hélder Pitta Gróz, à Confederação Suíça, onde trabalhou por três dias e manteve encontros, com o seu homólogo Michael Lauber, para reforço das relações de intercâmbio e de cooperação entre as duas instituições.
Os dois procuradores-gerais discutiram os seus respectivos sistemas jurídicos legais, a aplicação da lei e a cooperação internacional para o auxílio judiciário mútuo legal. Reiteraram a importância da coordenação de acções conjuntas na aplicação da lei, na luta contra a corrupção e o branqueamento de capitais.
Os dois responsáveis analisaram igualmente questões operacionais relacionadas com processos penais em curso e pedidos de assistência mútua legal.
Hélder Pitta Gróz também foi recebido pela ministra da Justiça daquele país para cumprimentos de cortesia, tendo abordado a colaboração judiciária em matéria penal e outros assuntos de interesse comum.
Dos encontros mantidos na Suíça, destaca-se ainda o interesse que ambos os países têm em trabalhar juntos para combater a corrupção e o crime organizado transnacional.
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