Conheça Paulo Kudy, o artista que tem deixado os angolanos encantados com os frutos dos seus “dedos mágicos”


Em entrevista ao AngoRussia, o jovem artista angolano Paulo Kudy, de 23 anos, que sonha em ser um artista profissional e renomado, falou sobre o seu percurso histórico no que diz respeito a pintura artística e o desejo de ver seus trabalhos reconhecidos além fronteiras. 

Sem ter feito nenhum curso sobre arte ou ter tido algum mestre, Paulo conta que nasceu com o dom de pintar e perfeiçoou-se com as dificuldades que a vida o impôs, o que lhe impulsionou a ser criativo com o intuito de sustentar a si e a sua família.

Com falta de verbas para comprar materiais para produzir as suas obras e alugar ou construir um atelier à altura da sua criatividade, o jovem produz grandes telas e de várias dimensões com técnicas 3D e não só, em menos de 2, 3 dias, obras estas que servem para espaços internos e externos,  como hotéis, restaurantes, bares, residências, outdoors e muito mais.

“Decidi viver da arte há uns 4 anos, por não mais querer ser dependente dos pais. Meu grande desafio foi a aquisição de materiais que me possibilitariam criar um ambiente mais artístico para mim. O mercado da arte no pais hoje é viável para a sobrevivência, quando o artista está em posicionamento destacado, como é o caso de muitos. Destaque este que unicamente surge pela capacidade criativa e pela força do trabalho”, começou por contar o artista.

Sobre as suas habilidades enquanto artista, Kudy, fez saber que possui apenas 5. Já em relação ao futuro que o reserva de boas acções, o artista disse que tenciona criar uma escola para ensinar aos novos talentos desfavorecidos.

“As Minhas habilidades fundamentais são: Percepção visual, desenvolvimento de técnicas já existentes, apresentação filosófica da obra em questão, senso crítico quanto a anatomia dos corpos, e adaptação rápida no ensino. Nesse momento trabalho unicamente em obras aleatórias para coleção de vendas, que me podem possibilitar, através de lucros, a criação de um clássico atelier. Espero que o mesmo venha a ser uma escolinha, para ensinar os desfavorecidos e amantes de arte. Acredito que tenho muito a dar para a Arte Contemporânea, mas o meio em que trabalhamos influencia e principalmente os materiais, uma vez que se estes não forem adequados há degradação ao invés de progressão, mas graças a Deus temos trabalho para alcançar as condições de melhoramento.”.

O artista falou ainda das suas inspirações , sobre a possibilidade de realizar exposições, e muito mais.

“O que me inspira a elaborar um quadro são as crianças, eu amo elas. Infelizmente nunca apresentei uma exposição individual, apenas coletiva, com recursos poderei iniciar uma individual”.


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