Um novo estudo feito por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no Brasil, descobriram que o veneno de uma espécie de escorpião comum na região amazônica contém uma toxina capaz de eliminar células de câncer de mama. A molécula identificada no “Brotheas amazonicus”, apresentou um efeito comparável ao de quimioterápicos utilizados no tratamento do tumor, que está entre os mais letais para mulheres no mundo todo.

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O estudo, divulgado nesta semana, demonstrou que a toxina age de forma selectiva, destrói as células cancerígenas e preserva, em grande parte, as células saudáveis, um dos maiores desafios enfrentados na quimioterapia tradicional, que frequentemente provoca efeitos colaterais severos devido à falta de especificidade.
O câncer de mama representa cerca de um quarto de todos os novos casos de câncer diagnosticados anualmente em mulheres do mundo todo. A possibilidade de um novo medicamento, derivado de uma espécie da biodiversidade, surge como um avanço significativo e reforça a importância da pesquisa científica nacional.
O “Brotheas amazonicus”, apesar de seu veneno ser inofensivo para humanos na maioria dos casos, revela-se agora um aliado inesperado no combate ao câncer.
Os pesquisadores ressaltam ainda, no entanto, que o caminho até um medicamento aprovado é longo e depende de estudos rigorosos sobre eficácia e segurança.