“Tecnologia” a inimiga do desenvolvimento social do seu filho


Quem tem mais de 20 anos certamente já notou a diferença entre sua infância e a infância dos dias de hoje. Brincadeiras comuns daquela época como 35, bica-bidon, mete e tira, gato pendurado, garrafinha entre outros já estão completamente fora de moda. A tecnologia contribuiu consideravelmente para a mudança no comportamento infantil. O que se vê hoje é uma legião de crianças isoladas em seus “mundinhos”, entretidas com aplicativos electrónicos e desinteressadas pelas coisas reais, construindo um caracter narcisista e egoísta.

tecnologia e criançaA geração actual de criança está menos altruísta, ou seja, menos preocupada em ajudar ou oferecer coisas boas ao próximo (altruísmo). As crianças actuais ficam conectadas por horas no computador, no videogame, celular e outros aplicativos, deixando de lado interesses de terceiros, deixando de desenvolver também a empatia, instrumento fundamental para a construção de amizades e confiança.

Quando a criança está entretida com seus joguinhos electrónicos, ela não quer saber o que acontece ao seu redor, sendo indiferente aos assuntos de casa. Uma cena comum nos intervalos das escolas nos tempos atuais é a de várias crianças em silêncio, sentadas umas ao lado das outras, sem qualquer interacção, mexendo rapidamente os dedos diante de pequenas telas.

Uma criança que não desenvolve a relação interpessoal pode se tornar um indivíduo inseguro e despreparado para enfrentar pressões, provocações e situações adversas.

Como evitar

A tecnologia existe e pode ser benéfica caso seja bem usada. A questão é como evitar que seu filho também se torne um refém de aplicativos electrónicos. Estabeleça limites SEMPRE. A criança precisa saber que existe regras e horários para uso. Evite facilitar o manuseio de aparelhos tecnológicos. Não leve à mão da criança cada tecnologia nova lançada. Estimule a prática de exercícios físicos.Lembre-se que os filhos vêm os pais como seus ídolos e heróis.

O desenvolvimento da criança é um processo equilibrado no qual o crescimento intelectual está intimamente vinculado ao crescimento dos aspectos afectivos e sociais que em hipótese alguma podem ser colocados em segundo plano, pela ênfase dada a aspectos estritamente cognitivos ou até mecanicistas.

Vale realçar que as crianças da nova geração são vítimas e não vilãs. Pense duas vezes antes de entupir seus filhos de joguinhos e coisas do género. Reúna força para dizer “não” e invista no oferecimento de práticas mais saudáveis e humanas.


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