Psicóloga Denise da Veiga reitera a necessidade de psicoeducar a sociedade angolana


Em uma entrevista exclusiva concedida ao Angorussia, a Psicóloga Clínica, Denise da Veiga, reiterou a importância e necessidade de se psicoeducar a sociedade angolana, relativamente a certos assuntos que ainda são vistos como tabus.

Numa altura em que assinalou-se a efeméride da saúde mental, e enquanto falava-se sobre o suicídio, Denise da Veiga destacou que o povo angolano precisa falar cada vez mais sobre assuntos relacionados com a mente humana e frisou que o mesmo só permanece como tabu porque as pessoas têm receio de serem julgadas pela sociedade.

“Precisamos a cada dia mais falar e psicoeducar sobre o fenómeno, sobretudo cá em Angola, em que não se fala muito, por ser ainda uma questão de muita ignorância como tal, pois as pessoas ainda têm muito receio de falar sobre esse tema, porque parece muito difícil, mais ainda por terem medo de serem julgadas pela sociedade e até mesmo pela própria família”, disse a psicóloga.

Denise reforçou que os angolanos ainda enxergam os problemas mentais (psicológicos) como que se trata-se de bruxaria e frescura. A Drª. ressaltou também que é responsabilidade dos profissionais da área quebrar todos os tabus em volta do tema.

“A saúde mental em Angola ainda é uma questão de grande tabu, pois é vista por muitos como misticismo ( feitiçaria), e até mesmo como frescura por acharem que tais pessoas só querem chamar atenção dos outros. Os profissionais de saúde mental têm uma responsabilidade muito grande no que toca a psicoeducação da sociedade sobre esse assunto, é preciso deixarmos de ter medo de falar, bem como quebrarmos todos os tabus a volta do mesmo”,

Denise da Veiga é Psicóloga Clínica, formada na universidade Católica de Angola em 2017, e desempenha a função há dois anos. A profissional também é activista membro da função Believer.


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