Peça teatral “Último Suspiro” comove público e gera “lágrimas sem fim”


Na noite do seu segundo dia de estreia, a peça teatral “Último Suspiro”, que retrata as dificuldades de uma mulher que foi diagnóstica com câncer, levou o público aos prantos após a exibição da forte história protagonizada pela actriz Vanda Pedro. O espectáculo decorreu neste domingo (24) de Outubro, em Luanda, na Casa das Artes.

A peça que teve os ingressos esgotados é uma história real vivida por dona “Ita”, uma mulher que foi diagnosticada com câncer e que lutou até o último suspiro para ver a sua vida mudada. A história foi escrita e encenada por Joel Mulemba, um dos filhos da falecida dona “Ita”, que descreveu todas as dificuldades vividas durante a fase de descoberta da doença de sua mãe.

Carla João, uma das espectadoras, que não conseguia conter as lágrimas durante a apresentação do espectáculo, contou que foi muito emocionante assistir a exibição porque também foi vítima do câncer e revelou ter revivido toda a sua história naquela noite.

“Foi muito emocionante, me fez lembrar dos momentos que passei com a doença do câncer que descobri aos 11 anos, e fez lembrar também dos momentos difíceis em que a minha família esteve ao meu lado mesmo estando debilitada, do mesmo jeito que a actriz Vanda Pedro estava, então foi uma emoção que eu não consegui me conter mesmo, mas pela graça de Deus hoje sou guerreira porque sobrevivi”, contou Carla.

O actor Adilson Vunge que interpretou o  filho de dona “Ita”, disse que a maior dificuldade que teve durante a preparação do seu personagem, foi ter que visitar o centro oncológico.

“A fase mais difícil para mim foi quando estivemos a preparar os personagens, ver aquele número de pessoas doentes incluindo crianças, no instituto oncológico, foi muito difícil para mim”, disse.

Já a protagonista da noite, Vanda Pedro, falou que o processo de corte do cabelo foi um momento muito doloroso durante a fase de preparação do seu personagem, tanto mais que chegou uma fae em que começou a ficar apreensiva com a decisão.

“Na verdade quando o director disse que a única solução era cortar o cabelo, de ânimo leve eu disse: é tranquilo vamos cortar, mas quando se aproximava a data comecei a ficar um pouco apreensiva e no dia em que cortaram-me o cabelo aí comecei a me questionar: quanto demora para crescer? então o processo de cortar o cabelo, foi bem doloroso”.

Porém Vanda considerou o processo muito prazeroso e gratificante por ter a responsabilidade de interpretar um personagem que pudesse mudar a consciência de outras pessoas.

“Mas, para mim foi muito prazeroso esse processo todo de mudanças de consciência, passar informação, conhecer guerreiras, ir ao instituto oncológico e conhecer de perto o dia-a-dia de quem tem câncer, foi muito gratificante”, considerou a actriz.

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Por: Anasilda Brancel


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