Peça teatral “Esquadrão Kamy” leva público numa verdadeira viagem ao passado


Quem lá esteve fez uma verdadeira viagem ao passado!. Zoe Silva, Sophia Buco, Naed Branco, Carina Sousa e Haylssa Renata deram vida as 5 mulheres ícones de África, que juntas lutaram pela libertação e conquista da Independência Nacional do seu país. A peça teatral “Esquadrão Kamy” uma produção de Sophia Buco e direção do grupo Henrique Artes, abriu na noite deste sábado a temporada cultural no auditório da “Casa das Artes” em Luanda. 

Pela primeira vez em exibição, “Esquadrão Kamy” marcou a abertura da temporada cultural no auditório da “Casa de Artes”. A referida peça, que teve duração de 1h50 minutos, retrata a vida activa de cinco nacionalistas angolanas na luta de libertação e conquista da Independência Nacional do país.

Com a sala totalmente lotada, a obra dramática que levou a todos presentes a entenderem de facto o que se passou naquela odisseia do regresso ao Congo depois da tentativa fracassada destas mulheres de entrar no interior de Angola.

“Esquadrão Kamy” é uma viagem ao passado, à história da participação das nacionalistas Deolinda Rodrigues de Almeida, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Engrácia dos Santos e Teresa Afonso na luta contra o colonialismo português e a incorporação, como combatentes, do Esquadrão Kamy, coluna guerrilheira preparada e treinada em 1966.

Tomada pela emoção, Sophia Bucco, responsável pela produção da peça contou em conversa com AngoRussia que juntou às suas colegas, o director Flávio Ferrão e trabalharam desde o princípio na montagem do espectáculo durante 4 meses, com ensaios físicos, dicção, interpretação dos textos e procuraram laboratórios com alguns familiares das homenageadas para a peças chegasse muito próximo da realidade dos personagens.

O “Esquadrão Kamy”, era treinado por nacionalistas cubanos, cuja  missão era levar reforços da fronteira do Congo até à Primeira Região Político-Militar no interior de Angola. Não foi bem sucedido, elas foram presas nos arredores da pequena vila de Kamuna, e posteriormente assassinadas no dia 2 de Março de 1966. Este dia foi  consagrado como o Dia da Mulher Angolana.

Vale ressaltar que, Sofia Buco, que é amante e experiente em palco e televisões,  interpretou o papel da nacionalista Deolinda Rodrigues. A actriz Naed Branco também rainha dos palcos de teatro, deu vida a personagem da heroína Lucrécia Paim. Zoé Silva também com um caminho andado no teatro , vestiu a personagem de Engrácia dos Santos. Equanto que Lia Carina de Sousa Monteiro que fez o seu debut no teatro, interpretou Irene Cohen. Igualmente a Ailsa Renata Gota Conceição de Sousa, desempenhou a personagem da nacionalista Teresa Afonso.

A mesma peça volta a ser exibida neste domingo (27), pelas 20 horas no mesmo local.

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