“Esquadrão Kamy” encerra com lágrimas e aplausos do público


Mais uma vez, Zoe Silva, Sophia Buco, Naed Branco, Carina Sousa e Haylssa Renata levaram o público a uma verdadeira viagem ao passado ao deram vida as 5 mulheres ícones de África, que juntas lutaram pela libertação e conquista da Independência Nacional do seu país. Com o projecto “Transforme vidas, seja Mulher”, a Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, pretende homenagear as heroínas, a peça teatral “Esquadrão Kamy” uma produção de Sophia Buco e direção do grupo Henrique Artes, encerrou na noite deste sábado (09) de Março, a temporada cultural no auditório da “Casa das Artes” em Luanda. 

“Esquadrão Kamy” um projecto da Produtora Buco’s Produções, dirigida e encenada por Flávio Ferrão, é uma viagem ao passado, à história da participação das nacionalistas Deolinda Rodrigues de Almeida, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Engrácia dos Santos e Teresa Afonso na luta contra o colonialismo português e a incorporação, como combatentes, do Esquadrão Kamy, coluna guerrilheira preparada e treinada em 1966.

Sofia Buco, que é amante e experiente em palco e televisões,  interpreta o papel da nacionalista Deolinda Rodrigues. A actriz Naed Branco também rainha dos palcos de teatro, dará vida a personagem da heroína Lucrécia Paim. Zoé Silva também com um caminho andado no teatro , veste a personagem de Engrácia dos Santos. Equanto que Lia Carina de Sousa Monteiro que fez o seu debut no teatro, na primeira temporada de exibição da peça, interpreta Irene Cohen. Ailsa Renata Gota Conceição de Sousa, desempenha a personagem da nacionalista Teresa Afonso.

Com a sala totalmente lotada, a obra dramática levou a todos presentes a entenderem de facto o que se passou naquela odisseia de regresso ao Congo depois da tentativa fracassada destas mulheres de entrar no interior de Angola.

A promoção da peça teatral tem como objectivo, formar e informar parte da história na Luta de Libertação Nacional, divulgar os feitos das heroínas para que possam servir de inspiração, passar o testemunho às gerações vindouras e mobilizar a sociedade para valorização da cultura, nomeadamente, das artes cénicas.

A obra pretende ainda, inspirar a juventude angolana, principalmente as jovens meninas, a compreenderem e preservarem o legado destas destemidas mulheres angolanas, que apesar da pouca idade, deixaram a sua família em nome de um ideal, a liberdade do seu povo.

Deolinda, e suas quatro companheiras, sobreviveram à inclemência das condições climatéricas e de terrenos inóspitos. Empreenderam o regresso, via Zaíre, (hoje RDC), foram presas, nos arredores da pequena vila de Kamuna, pela FNLA e posteriormente assassinadas, em Março de 1966.


Gostou? Partilhe com os teus amigos!

0 Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *