O carnaval é cultura de riqueza


Milhares de pessoas dançaram e cantaram ontem ao ritmo do Carnaval em todo o pais. Foi marcado por danças típicas de cada região  a festa popular do Entrudo invadir as ruas de todas as províncias e contagiou os angolanos.

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Ontem, a festa do povo foi na Marginal da Praia do Bispo. Um total de 14 grupos desfilou durante mais de cinco horas. O grupo homenageado União Tonessa foi o primeiro a arrastar o asfalto no local da actividade. Centenas de foliões participaram na festa. Coube ao Governador de Luanda, Graciano Domingos, abrir o acto.
Decorreu o desfile central do Carnaval na Marginal da Praia do Bispo. A rainha do grupo União Tonessa, Beatriz Sulano, do grupo homenageado, dança o Carnaval desde os 15 anos.
Beatriz disse que  recorda as grandes mudanças que se têm registado ao longo dos anos nas edições do Carnaval de Luanda: “Antigamente recebíamos muitas ofertas das Quitandeiras, éramos felizes porque as pessoas davam valor às pequenas coisas. Hoje fizemos apenas contribuições entre os membros do grupo e realizamos uma pequena festa na sede para simbolizar o dia das Mabangas”.
A Quarta-Feira das Mabangas é o nome que se dá à festa tradicional que tem sido realizada pelos grupos nos seus bairros, numa quarta-feira, coincidindo com a quarta-feira de Cinzas no calendário litúrgico. Tem lugar depois do Carnaval. A Festa das Mabangas permite aos grupos a recolha de contribuições nos mercados e bairros.

Ministra apoia participação para o Carnaval.

De Acordo ao Jornal de Angola a ministra da Cultura, Rosa Cruz, mostrou ontem satisfeita pelo facto dos jovens estarem cada vez mais envolvidos no espírito do Entrudo. A Ministra Rosa Cruz disse que as sedes têm sido transformadas em grandes oficinas: É com esse espírito inovador e de transmissão de conhecimento que vamos continuar a preservar as nossas tradições”.
A ministra felicitou os grandes avanços que se têm registado nas edições dos carnavais a nível das províncias.
A alta sustentação dos grupos carnavalescos, como forma de se tornarem grupos autónomos, é também uma das preocupações do Executivo, através do Ministério da Cultura.

A modernização tem trazido aspectos positivos, no domínio da dança e indumentária e, por isso, vamos continuar a apoiar os grupos no sentido de continuarem a inovar, mas nunca deixar de realçar os critérios de manutenção e preservação dos valores culturais e tradicionais do Carnaval.
A ministra ainda apelou a um maior envolvimento do empresariado nacional, no apoio aos grupos carnavalescos  “Não tem sido fácil para os grupos. Só o Ministério não basta, é preciso o envolvimento de todos”.
Sobre o tema “Angola 40 anos, independência, paz, unidade nacional e desenvolvimento”, o presidente do júri Domingos Nguizani, disse ao Jornal de Angola que hoje são conhecidos os vencedores desta edição, às 10h00, na Liga Africana. Nguizani disse que foram introduzidas algumas inovações decidiram que os membros do júri antes de depositarem o voto devem fazer no local uma pequena reunião para chegarem a um consenso.


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