Marisa Octávio fala sobre a comoção da história da sua personagem na peça teatral “Monólogos da Vagina”


Em uma entrevista exclusiva concedida ao AngoRussia, a actriz angolana Marisa Octávio, falou sobre a história da sua personagem na peça teatral ‘Monólogos da Vagina’, que tem a sua estreia marcada para o dia 24 de Abril, no Centro de Conferências de Belas.

Marisa confidenciou durante a entrevista que vai dar vida a uma personagem que descreverá o drama de uma vida bastante sofrida, de uma mulher que sofreu violações por parte de vários homens, quando ainda era criança.

“A história da minha personagem é muito bonita, porém triste porque estamos a falar de um drama, uma história muito sofrida baseada em factos reais como todas as outras histórias dos monólogos. É uma história de alguém que estava num campo de guerra e que quando ainda menina, sofreu violações por vários homens, não quero adiantar muito mais sobre o personagem, gosto de deixar assim um pouco no mistério, acho que fica mais bonito e emocionante”, expressou.

A actriz disse ainda que o papel que vai interpretar na peça, será muito emocionante e desafiante por se tratar de uma história que está coberta de momentos altos e baixos, em que de repente, a obriga a sair do choro para as gargalhadas.

“Meu personagem é muito desafiante porque tem muitos picos de emoções, é uma verdadeira montanha russa em termos emocionais, conta a história de uma mulher que está feliz e de repente fica triste, tem minutos de alegria e minutos de infelicidade porque sofreu alguns traumas, então a mente dela leva-lhe para a felicidade e depois traz-lhe para a realidade e para nós actores é um desafio muito grande porque estamos a trabalhar com emoções em que de repente saímos do choro para as gargalhadas e para a felicidade, mas é uma coisa boa de se fazer, é um desafio para nós”, disse Marisa Octávio.

Para actriz, a maior dificuldade que tem enfrentado durante a sua preparação em ‘Monólogos da Vagina’, é o facto de ter que mergulhar em todas as sombras e sentimentos que a sua personagem viveu, pois considera que tudo isso exige que se tenha um emocional bastante equilibrado.

“Cada personagem é um personagem, é nós nos despirmos para mergulhamos nas emoções daquele personagem e sendo este com uma carga dramática bastante pesada, é necessário que tenhas um equilíbrio emocional para poder entrar naquele quarto escuro e viver aquelas sombras todas que aquela pessoa viveu… Então a minha maior dificuldade é acreditar que aquilo foi verdade, acreditar que aquilo aconteceu… Uau só de pensar nisso já quero chorar, mas ao mesmo tempo sinto-me feliz por estar a falar dessa história, a contar tudo que essa mulher viveu, a fazer com que mais mulheres saibam o quão sofrida foi a vida dessa mulher e de alguma forma influenciar o emponderamento feminino na vida de todas nós”.

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