A escritora angolana Maria Celestina Fernandes, apresentou nesta quarta-feira (30), aos amantes da literatura o recente romance “Os padrinhos de Nazarena”, na sede da União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda.
“Os padrinhos de Nazarena” trata-se de um livro memorialista, marcado por temas como a guerra, exploração, infidelidade, infertilidade, discriminação, adopção, preconceito e racismo, cuja protagonista principal, Nazarena, partilha as memórias de infância, familiares, adolescência, padrinhos e amigos, suas viagens e todos os acontecimentos que marcaram sua sofrida e dramática vida.
Nazarena Maria da Maternal Canivete Nulima, ou simplesmente Nazarena Brandt, uma culta, Enfermeira de profissão, apegada à fé Católica, encerra a efígie de uma firme, forte e feliz que soube desdobrar-se e dar voltas ao contexto sócio-político que estava inserida e às vicissitudes da dilemática vida que teve.
Com um linguajar que lhe é peculiar, e no seu português ora fino, às vezes kimbundizado, e outras Umbundizado, este narrador-personagem, narra a primeira pessoa a efervescente história da sua vida, uma história com a qual todos se podem identificar mesmo sem tê-la vivido.
Maria Celestina Fernandes, começou a escrever no final dos anos 80, inicialmente no Jornal de Angola e no Boletim da Organização da Mulher Angolana (OMA). Em 1990, começou a publicar vários livros que na sua maior produção é dirigida à literatura infanto-juvenil, com destaque para as obras “A Borboleta Cor de Ouro”, (1990, UEA), “Kalimba” (1992, INALD), “A Árvore dos Gingongos” (1993, Edições Margem), “A Rainha Tartaruga” (1997 INALD), “A filha do Soba” (2001, Editorial Nzila), “O Presente” (2002, Edições Chá de Caxinde), entre outros.