Sendo cultura a identidade de qualquer povo em convivência social, a conceituada jornalista angolana Aminata Goubel, mais conhecida por “Mamã África” falou ao AngoRussia sobre a preservação da cultura angolana, que hoje em dia tem sido pouco valorizada. A actriz, garante que os legados das mães, sogras e senhoras zungueiras, acabam por enriquecer a auto-estima, das angolanas, devido a mensagem que elas transmitem.
Numa altura em que a desvalorização da cultura angolana e até mesmo da africana, tem vindo a crescer bastante, as pessoas, em particular os jovens decidiram acompanhar a globalização desde a forma de vestir, ser, estar, agir e interagir, a activista cultural “Mamã África” em entrevista ao AngoRussia, afirmou que a cultura é um bem natural que deve ser seguido e respeitado por qualquer indivíduo que esteja inserido em algum estrato social.
“Hoje em dia a juventude angolana, está muito virada as coisas instantâneas. Deixaram de ouvir com todo respeito os mais velhos, algo preocupante pois eles (os mais velhos) têm uma vasta experiência, sobre tudo”, disse Mamã África.
Quanto a globalização, garantiu que é importante o casamento com a cultura e nunca deixa-la para atrás, porque a cultura é um elemento que mesmo sem saber anda nas nossas consciências.
“Diz-se muito que os jovens não ouvem os mais velhos, mas existem aqueles que marcam diferença e conservam de tal forma a cultura angolana, desde as roupas, músicas e comidas”, afirmou.
Recorda-se que Aminata Goubel, tem um pequeno museu que serve de montra à valorização da cultura africana e foi aos 12 anos que descobriu a paixão pelas roupas, penteados e acessórios que tanto caracterizam e identificam o continente berço.
Por: Júlio Dos Santos
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