Livro “O Louco Que Habita Em Nós” de Catarino Luamba chega ao público brevemente


O psicólogo e escritor angolano, Catarino Luamba realiza nos dias 29 de Fevereiro e no dia 1 de Março, na União dos Escritores angolanos e na Faculdade de Ciências Sociais as 16h30, a apresentação da sua obra literária “O Louco Que Habita Em Nós – A perversão por detrás da aparência” pela editora Kiluanji. A apresentação da obra estará a cargo da professora doutora Fátima Sampaio Fernandes.

Foto: cedida

A sinopse do livro começa com uma conversa sobre a loucura e os demónios que habitam entre os seres humanos. “Quem são, afinal, esses loucos e esses demónios? Nós? Os outros? Os outros que habitam em nós? Os diferentes, os anormais, os perversos, os inaceitáveis? Os preconceitos, as crenças, os monstros que são os outros? Os monstros que são aqueles que nos deviam amar? As vergonhas, as culpas e as violências que habitam em nós?”

Catarino Luamba transforma “os outros”, os diferentes, os não normais, em seres tão humanos como ‘nós’, com emoções que tão bem se entende, como o ciúme, o controlo, a raiva, a culpa, a vergonha, e comportamentos que, ainda que reprimido para uma esquina da consciência, também são “nossos”: aqueles gestos secretos, aquele toque que não deveria ter existido, e que se calhar ninguém viu… Pouco a pouco, na leitura dos contos, percebe-se que as histórias são também as “nossas”.

Os contos surpreendem. Abalam as nossas ideias prévias. Ilustram e humanizam transtornos. Fazem perceber melhor um mundo que se acreditava que era dos outros. Nada é o que parece. Nada termina como se imagina. Há contos onde os monstros estão bem identificados, mas são difíceis de entender, causam repugnância,0dio, mas o narrador insiste em torná-los humanos, vulneráveis até… O exercício incomoda.

“Angustia-nos. Será possível ter pena de um monstro? Em outros contos, como ‘Casa assombrada’, os monstros não são tão fáceis de identificar, ou, pelo menos, não são os mais óbvios. Quem são os fantasmas, as assombrações? Almas do outro mundo ou pais que se detestam e que ficam a gritar todo o dia, todos os dias, infelizes, mortos em vida? Em ‘Hermafrodita’, em que pensamos que a ‘aberração’ é talvez a pessoa que nasceu com dois sexos, percebemos que, afinal, aberrações são os pais e os médicos capazes de decidir, por eles, o sexo do bebé recém-nascido. Em ‘Enurese’, o monstro não é quem urina na cama; os monstros somos nós, que nos rimos de quem o faz”.

Catarino Luamba é Psicólogo e Professor na Universidade Agostinho Neto-Faculdade de Ciências Sociais nos cursos de graduação e pós-graduação, doutorando em Ciências Sociais, Especialidade Psicologia Social, Mestre em Psicologia do trabalho e das organizações, Pós-graduado em Gestão de Recursos Humanos e Pedagogia para o Ensino Superior, Formador de Ética e Deontologia Profissional, Gestão de Conflitos e Responsabilidade Social Corporativa e Liderança Estratégica na ‘Academia BAI’ e ‘LIDERA Angola’, é também fundador da revista angolana de psicologia e da Plataforma de soluções em saúde mental ‘A Fala da Mente’, coordenador editorial na ‘Kiluanji Editora’ autor das obras “Ética e Deontologia no Exercício da Psicologia” e “Aforismos: Reflexões sobre a vida, m0rte, amor e 0dio”.


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