Foi ontem admitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que no Mundo, haja, em 2020, mais idosos do que crianças de até cinco anos.
A agência especializada das Nações Unidas, que calcula em dois mil milhões o número de anciãos em três décadas, o que corresponde a 20 por cento dos habitantes do Planeta, admite que, enquanto daqui a 30 anos a população com mais de 60 vai quadruplicar em relação à de 1950, na faixa dos octogenários o salto vai ser 26 vezes maior.
Por detrás destas estatísticas, divulgadas pelo “Correio Braziliense”, numa reportagem sobre a depressão e demência, doenças de que padece um número cada vez maior de idosos, estão mulheres e homens que procuram por uma atenção médica cada vez mais especializada.
Os sistemas de saúde devem encontrar estratégias eficazes para resolver os problemas enfrentados pela população mundial mais envelhecida, evitando a perda de qualidade de vida, alertou a Organização Mundial da Saúde.
Nas próximas décadas, a população mundial com mais de 60 anos vai passar dos actuais 841 milhões para dois mil milhões até 2050, tornando as doenças crónicas e o bem-estar da terceira idade novos desafios de saúde pública global.
“Em 2020, temos, pela primeira vez na história, o número de pessoas com mais de 60 anos maior do que o de crianças de até cinco anos”, alertou a OMS numa série sobre saúde e envelhecimento, publicada, em 2014, na revista médica “The Lancet”, notando que 80 por cento dos idosos vão viver em países de baixo e médio rendimentos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o aumento da longevidade deve-se, especialmente nos países de alto rendimento, principalmente ao declínio nas mortes por doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral e doença cardíaca isquémica, passando por intervenções simples e de baixo custo para reduzir o consumo do tabaco e a pressão arterial elevada.
“Embora as pessoas estejam a viver mais, elas não necessariamente estão mais saudáveis”, alertou a Organização Mundial da Saúde. “A menos que os sistemas de saúde encontrem estratégias eficazes para resolver os problemas enfrentados por uma população mundial mais envelhecida, a crescente carga de doenças crónicas não transmissíveis vai afectar muito a qualidade de vida dos idosos”, ressaltou ainda a agência especializada da ONU, criada em 1948.