Numa conversa mantida com alguns jovens, cujo assunto centrava-se na possível amizade entre pessoas do sexo oposto sem segundas intenções, levantou-se uma questão de extrema importância “Mulheres comprometidas devem ter amigos íntimos?”. Grande parte deles consideram que depois de um tempo os amigos íntimos tendem sempre a ser namorados, ou algo mais.
Partindo do pressuposto que antes de haver um compromisso “sério”, passa-se por um processo na qual amizade íntima é uma das fases do mesmo, alguns jovens consideram que mulheres comprometidas que têm amigos íntimos posteriormente poderão ter uma relação que vai além da amizade com o tal amigo. Jovem Luís Fernandes, defende que por mais que a mulher tencione preservar a amizade com um homem, sem segundas intenções, “num momento de fraqueza, caso o homem tenha chance, não hesitará em se envolver”, deste modo, uma mulher não pode ter “muita intimidade com outro homem que não seja o seu parceiro”, caso ela já tenha um.
Um jovem que preferiu não ser identificado, defende que é muito normal que as mulheres comprometidas tenham amigos, mas, quando estes, já convidam para jantar, enviam saldo, compram inúmeros presentes, chega uma altura em que vão querer algo a mais, e a mulher vai se sentir “endividada” e será mais fácil ceder as suas investidas. O jovem acrescentou ainda que, torna-se mais perigoso quando estes conseguem ser mais confiáveis que os “maridos e namorados” para as mulheres, mas reconheceu que esta atitude muitas das vezes é estimulada pela ausência do parceiro.
“Parte das mulheres procuram carinho e afecto quando os seus companheiros são ou estão muito ausentes, por estes e outros motivos elas criam este estatuto de (amigo intimo) que serve como confidente e muitas das deves substitui o próprio marido em vários ícones”.
Uma jovem, que igualmente preferiu manter o anonimato, fez saber que normalmente o nível de lealdade, amizade, atenção, carinho e afecto existente entre amigos íntimos é muito maior, pois há muita confidencialidade e cumplicidade entre os mesmos, e isso poder levar a amizade num extremo mais “colorido”, onde os mesmos desenvolvem um relacionamento amoroso e sexual, onde continuam amigos, mas com um contacto maior, mais intenso, e com efeito, interferir no seu compromisso “sério” com o seu verdadeiro parceiro.
Por outro lado, o jovem António Neves, considera que para estes casos, a intimidade, embora não sendo recorrente a todos, mas na sua maioria “leva o amigo a outras intenções que ao serem observadas pelo parceiro podem não ser bem-vindas a relação da mulher, tudo porque estas intenções darão lugar a uma possível conquista por parte dele (o amigo) e assim interferir negativamente no relacionamento, causando por vezes desconfiança, desconforto, falta de entendimento e consequentemente a separação”, defendeu.
Por: Garcia Alberto