Histórias de heroínas nacionais “Esquadrão Kamy” exibidas em Cabo Verde


A peça teatral “Esquadrão Kamy” que retrata a vida de algumas heroínas nacionais, está de regresso aos palcos e desta vez será exibida no próximo dia 15 de Novembro, no palco 1 da 25ª edição do Festival Internacional de Teatro Mindelact que decorre de 6 a 16 do mesmo mês em Cabo Verde.

Depois do sucesso da primeira temporada de exibição da peça “Esquadrão Kamy”, as histórias das heroínas angolanas irão regressar ao teatro nos próximos dias 26 e 27, Academia BAI, e 30 e 31 de Outubro, no memorial António Agostinho Neto.

“Esquadrão Kamy” um projecto da Produtora Buco’s Produções, dirigida e encenada por Flávio Ferrão, é uma viagem ao passado, à história da participação das nacionalistas Deolinda Rodrigues de Almeida, Irene Cohen, Lucrécia Paim, Engrácia dos Santos e Teresa Afonso na luta contra o colonialismo português e a incorporação, como combatentes, do Esquadrão Kamy, coluna guerrilheira preparada e treinada em 1966.

Sofia Buco, que é amante e experiente em palco e televisões,  interpreta o papel da nacionalista Deolinda Rodrigues. A actriz Naed Branco também rainha dos palcos de teatro, dará vida a personagem da heroína Lucrécia Paim. Zoé Silva também com um caminho andado no teatro , veste a personagem de Engrácia dos Santos. Equanto que Lia Carina de Sousa Monteiro que fez o seu debut no teatro, na primeira temporada de exibição da peça, interpreta Irene Cohen. Ailsa Renata Gota Conceição de Sousa, desempenha a personagem da nacionalista Teresa Afonso.

A promoção da peça teatral tem como objectivo, formar e informar parte da história na Luta de Libertação Nacional, divulgar os feitos das heroínas para que possam servir de inspiração, passar o testemunho às gerações vindouras e mobilizar a sociedade para valorização da cultura, nomeadamente, das artes cénicas.

A obra pretende ainda, inspirar a juventude angolana, principalmente as jovens meninas, a compreenderem e preservarem o legado destas destemidas mulheres angolanas, que apesar da pouca idade, deixaram a sua família em nome de um ideal, a liberdade do seu povo.

Deolinda, e suas quatro companheiras, sobreviveram à inclemência das condições climatéricas e de terrenos inóspitos. Empreenderam o regresso, via Zaíre, (hoje RDC), foram presas, nos arredores da pequena vila de Kamuna, pela FNLA e posteriormente assassinadas, em Março de 1966.

Durante o Festival Internacional de Teatro Mindelact, o maior evento teatral do país vai receber 72 espectáculos, de 50 companhias, oriundas de 13 países, como Cabo Verde, Angola, Brasil, Portugal, Guiné-Bissau, Itália, Espanha, França, Alemanha, República Checa, Japão, Estados Unidos da América e a Dinamarca.

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