“Ex-bolseiro não aproveitado”, Valdemar Tchipenhe regressa ao país como Líder da delegação chinesa que vai montar laboratórios de testagem da Covid-19


Há um mês,  Valdemar Tchipenhe de 23 anos, se tornou destaque na imprensa Chinesa e consequentemente no AngoRussia, pelo seu trabalho na luta contra a Covid-19 na Africa Ocidental com a empresa chinesa  “BGI Genomics”.  O jovem angolano que se encontra neste momento no Gabão, virá em breve a Angola como líder de um projecto de combate ao novo coronavírus, orçado em seis milhões de dólares.

Nesta quinta-feira (16) de Julho, o ministério da saúde de Angola, anunciou que foi assinado um acordo entre os ministérios da Saúde de Angola (MINSA) e da China, para a construção e montagem de cinco laboratórios nas províncias de Luanda, Uíge, Lunda Norte e Huambo, pela empresa “BGI Genomics”.

Segundo a ministra da saúde, Sílvia Lutucuta, o jovem angolano Valdemar Tchipenhe vai liderar a equipa de chineses que deverá construir e montar dois laboratórios na província Luanda, um no Uíge, Lunda Norte e no Huambo.

Os laboratórios terão a capacidade de testagem de mil amostras dia, não só para a RTPCR  mas também  analisar mil amostras para testes serológicos.

De acordo com a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, destes laboratórios quatro são de raiz e um de campanha, que servirá, além da testagem da Covid-19, para a formação de técnicos.

Conforme a responsável,  a empresa BGI, contratada através do governo chinês, é especializada na investigação de biologia molecular, genética e neste momento tem grande projeção na testagem do coronavírus.

Sílvia Lutucuta disse estarem a decorrer os contactos para adquirir os equipamentos dos laboratórios que vão permitir fazer até seis mil testes dia de Covid-19 nos próximos meses.

As províncias do Uíge e da Lunda Norte vão beneficiar de laboratórios devido, segundo a ministra,  ao risco de contaminação da Covid-19 tendo em conta a vulnerabilidade das fronteiras com a República democrática do Kongo (RDC), porta de entrada de muitas doenças, enquanto  o do Huambo servirá, também, ara atender o centro e sul do país.

Para Sílvia Lutucuta, é fundamental nesta  altura em Luanda, onde uma em cada 25 pessoas é positivo, aumentar a capacidade de testagem,  apesar da estratégia ser diferente (testar pessoas sintomáticas e  casos positivos).

Sublinhou a necessidade de se redobrar as medidas de vigilância laboratorial, para rapidamente e diagnosticar e depois  tratar em tempo útil, assim como fazer o acompanhamento necessário, razão pela qual o laboratório é a chave.

Informou que a partir de 20 de Agosto os equipamentos estarão disponíveis para virem e serem montados em Angola, assim como os técnicos  para a formação dos recursos  humanos nacionais.

Valdemar foi bolseiro do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudos (INAGBE), como milhares de outros angolanos, terminou a licenciatura, mas não regressou ao país para dar o seu contributo no desenvolvimento de Angola, uma vez que os vários que regressaram não encontraram nenhum plano definido, foram largados a própria sorte, perdendo o estado com isso, milhões de dólares que investiu durante toda a formação.


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